sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Correio do leitor

O Governo decidiu para o ano de 2009, aumentar o salário mínimo nacional para € 450,00. Este aumento foi decidido em sede de concertação social, onde estiveram representados os outros parceiros sociais, associações sindicais e associações patronais.
As reacções não se fizeram esperar, por parte dos partidos políticos, os da esquerda a defender mais direitos para os trabalhadores, os da direita a contestar esta medida do governo, alegando que a economia nacional não esta preparada para este aumento, de € 24,00, pois o salário mínimo nacional cifra-se neste momento nos € 426,00.
Os representantes das ANPMES (Associação Nacional de Pequenas e Médias Empresas), criticaram duramente este aumento, fazendo inclusivamente “chantagem” com os trabalhadores, que são os menos culpados desta crise, que se abateu sobre a economia nacional. Aconselham os seus associados a não renovar os contratos de trabalho a termo, o que equivale que cerca de 43.720 mil postos de trabalho que podem ficar em risco.
Compreende-se as dificuldades das nossas empresas, pois não têm competitividade para superar as dificuldades da actual conjuntura económica, actualmente, desfavorável.
O primeiro-ministro já defendeu que esta medida em nada compromete a competitividade das empresas, mas tal argumento não tem convencido os seus interlocotores.
Contudo, esta situação pode atirar mais trabalhadores para o desemprego no próximo ano, o que ainda pode agravar mais a situação das famílias portuguesas.
Perante este cenário é legítimo saber quem defende os trabalhadores portugueses, uma vez que são sempre os que pagam a factura da crise, pois cada vez mais vêem o seu poder de compra a diminuir, sem condições para enfrentarem os seus problemas do dia-a-dia.
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AJMG

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