Continua na ordem
do dia a discussão em torno das praxes académicas, que foi despoletado pela
tragédia na praia do Meco que vitimou 6 jovens. Actualmente decorre inquérito
no Ministério Público e na própria Universidade Lusófona, onde estudavam as vítimas
do acidente, sendo que a descoberta da verdade vai passar essencialmente pelo
depoimento do jovem sobrevivente.
Há muito que se
discute a problemática dos excessos nas praxes, que já desencadearam processos
judiciais que terminaram com condenação de estudantes, como foi o caso da
estudante do Instituto Politécnico de Macedo de Cavaleiros.
A verdadeira
tradição das praxes académicas é na Universidade de Coimbra, o que se passa nas
outras Universidades e Institutos Politécnicos é uma cópia mal conseguida
destas práticas e tradições. Os defensores das praxes alegam que é uma forma de
integração dos caloiros na Universidades, nos grupos internos de estudantes, mas
tudo isso não passa de uma valente treta.
Quem já passou pela
Universidade sabe, que só participam nas praxes os caloiros que querem, não são
obrigados a integrar essas actividades, e quem recusa participar nas praxes,
continua a ter amigos e a viver a vida académica normalmente, como é o caso da
queima das fitas e outras actividades e tradições de finais do curso.
Os excessos
cometidos nas praxes, não passam de meros exibicionismos bacocos dos seus líderes,
como as actividades que fazem em plena rua, como é o caso do festival dos copos
e atar latas às pernas dos caloiros.
Uma vez que a
solução deste problema não vai passar por eliminar as praxes académicas, resta
os próprios Centros de Ensino público e privado tomar medidas drásticas para
punir severamente os responsáveis pelos excessos, que pode culminar inclusivamente
com a sua expulsão, sem prejuízo de virem a ser punidos judicialmente pelos
Tribunais.