sexta-feira, 30 de maio de 2008

Efemérides de Maio

5 de Maio Em 1949, é criado o Conselho da Europa, a maior e mais antiga organização política da Europa ainda em funcionamento. 9 de Maio Em 2007, José Ramos Horta é eleito presidente de Timor-Leste, com 69,18% dos votos, contra 30,82% de Francisco Guterres “Lu Olo”, na segunda volta dos presidenciais. 8 de Maio Em 2007, é publicado em Diário da Republica o diploma que obriga a banca a arredondar à milésima as taxas de juros de todos os contratos de crédito. 12 de Maio Em 1820, nasce Florence Nightingale, a fundadora da enfermagem moderna. Em sua homenagem, instituiu-se essa data como Dia Internacional do Enfermeiro. 15 de Maio Em 2004, arqueólogos egípcios identificam as ruínas da antiga Biblioteca de Alexandria, desaparecida há 16 séculos. 16 de Maio Em 2006, reabre ao público a Praça de Touros do Campo Pequeno em Lisboa, após ter encerrado para obras de reabilitação. O edifício foi inaugurado em 1892. 21 de Maio Em 1904, é fundada, em Paris, a Federação Internacional de Futebol (FIFA), tendo a sua sede em Zurique, Suíça. 23 de Maio Em 2003, a divulgação na imprensa de escutas telefónicas, feitas no âmbito das investigações do processo Casa Pia, levanta o debate público sobre segredo de justiça e sistema judiciário. 27 de Maio Em 1974, entra em vigor o primeiro Salário Mínimo Nacional, fixado em 3300 escudos mensais. 28 de Maio Em 2001, o Conselho de Ministros da EU aprova a criação de uma rede europeia para prevenção da criminalidade. 30 de Maio em 1994, João Paulo II declara um “não irrevogável e definitivo” à ordenação sacerdotal de mulheres.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Notícias da Região


Abel Afonso é o líder do PSD Amarante



.
.
Armindo Mendes

O PSD Amarante estranha, em comunicado, que o presidente da Câmara, Armindo Abreu (PS), se tenha oposto, em reunião do executivo, a uma proposta da oposição no sentido de ser pedido aos serviços jurídicos da autarquia um parecer jurídico, eventualmente uma providência cautelar, para impedir a construção da barragem de Fridão.Os social-democratas sustentam que a sua iniciativa, que foi aprovada com os votos da oposição, “era uma proposta sensata e coerente, destinada a preparar a Câmara Municipal para poder vir a reagir, de forma racional, oportuna e fundamentada, contra a construção da barragem”.Em contraponto, concluem que face a esta postura do presidente da edilidade, “ficou claro, mais uma vez, que o PS de Amarante e o presidente da Câmara não pretendem, também neste caso da barragem, afrontar o governo socialista para defender os interesses de Amarante e dos amarantinos”.Segundo os laranjas, o PS de Amarante “opta por uma atitude de inércia, conivência e cumplicidade, materializada numa política de, na praça pública, “arreganhar os dentes” aos amarantinos, e, no recato dos gabinetes, “espetar-lhes uma faca nas costas”.Pode ler-se ainda no comunicado:“O PSD condena, com veemência, mais este exemplo de política socialista local de fingimento e hipocrisia, e tudo continuará a fazer no sentido de tentar obstar à construção da barragem de Fridão, no respeito por eventuais opiniões contrárias, mas na convicção de estar a defender os interesses de Amarante e a traduzir o sentimento da esmagadora maioria dos amarantinos.
.
Por Tâmega on-line

terça-feira, 27 de maio de 2008

Correio do leitor

Exmos Senhores,
Consultando alguns sites relacionados com a Barragem de Fridão, constato a existência do Vosso Jornal online, transcrevendo um comunicado do PCTP/MRPP, exactamente subordinado ao assunto.Creio que a barragem a ser construída no escalão de Fridão deverá merecerreflexão cuidada e esclarecimento quanto à múltiplas variáveis que nela seentrecruzam e que, a priori, deverão colher todo o interesse por parte doshabitantes residentes no vale do Tâmega, muito em especial os residentes emCodeçoso.Partindo deste pressuposto, convido-vos a consultar o
bloguehttp://sol.sapo.pt/blogs/PlenaCidadania/default.aspx.onde, querendo, nos seguintes
textos,
1 - «E AGORA, AMARANTE?... - Três barragens para o Tâmega: Fridão, Daivõese Vidago»
2 - «PROGRAMA NACIONAL DE BARRAGENS» - CONTRIBUTO PARA UM DEBATE PÚBLICO NABACIA DO RIO TÂMEGA»
3 - «BARRAGEM DE FRIDÃO/«CASCATA DO TÂMEGA»: A CRUELDADE E A INCOMPETÊNCIADO «SOCIALISMO» NO GOVERNO E EM AMARANTE»
4 - «AMARANTE E O VALE DO TÂMEGA NA PENEIRA DOS ELEITOS LOCAIS»5 - «PETIÇÃO POR AMARANTE E PELO RIO TÂMEGA - ASSINA TAMBÉM»,
poderão perspectivar as consequências que advirão para as populações dasub-bacia do Tâmega, com a construção dessa represa no leito do rio Tâmega.Por outro lado, no blogue barragemdefridao.wordpress.com o documento nelecontido reflecte mais exaustivamente a problemática em causa.
.
Com os melhores cumprimentos
José Emanuel Queirós

segunda-feira, 26 de maio de 2008

SMS


Diário da República, 2ª Série, nº51, 12 de Março de 2008

(Encontrado aqui e podem confirmar



Mestrado em Gestão e Manutenção de Campos de Golfe Não é curso profissional, nem licenciatura, é mestrado!


O doutoramento virá a seguir. Na cauda da Europa, mas com todo o requinte - e com os nossos impostos.

Recortes

RTP pioneira na legendagem para deficiente auditivos
A partir de amanhã, o Jornal da Tarde e o Telejornal da RTP terão legendagem para deficientes auditivos, naquela que é uma iniciativa inédita a nível mundial. A RTP apresentou hoje o projecto Tecnovoz, um sistema de legendagem automática desenvolvida pelo Laboratório de Sistemas de Língua Falada do INESC-ID Lisboa em parceria com a estação pública.Este sistema de reconhecimento automático de voz conta com um vocabulário de 100 mil palavras, e «transforma sons em palavras e em números escritos», explicou à Lusa um responsável do INESC.As legendas serão apresentadas em cor branca para os oradores masculinos e em amarelo para os femininos.A iniciativa, que se inicia no dia em que a RTP celebra o 51º aniversário, assenta em «três princípios fundamentais: acesso universal para todos, sem custos para os utilizadores e acesso a funcionalidades adicionais em função das necessidades do público», disse o responsável pela área de multimédia da RTP, Francisco Teotónio Pereira.Esta funcionalidade pode ser acedida a partir da página 885 do teletexto e a estação pública tenciona integrá-la futuramente noutros programas.
Fonte: Ciberia

Vanessa Fernandes


Foto: diário digital

Depois de se ter sagrado pentacampeã europeia de triatlo em Lisboa, há cerca de 15 dias, Vanessa Fernandes obteve ontem, em Madrid, outro feito inédito. Tornou-se a primeira triatleta a vencer 20 Taças do Mundo consecutivas, batendo o anterior recorde de 19 triunfos da australiana Emma Carney. Aliás, a capital espanhola é talismã para a jovem do Benfica, pois Vanessa só sabe subir ao lugar mais alto do pódio em Madrid, tendo também alcançado a sexta vitória consecutiva na capital espanhola, que a aplaude desde 2003.

Quanto à prova, a triatleta de Perosinho saiu ontem do segmento da natação em quarto lugar, mas no ciclismo acompanhou Daniela Ryf, Helen Tucker e Hollie Avil. Após a transição para a corrida, Vanessa fugiu do quarteto, correndo sozinha para a meta, deixando a mais de um minuto a segunda classificada, a inglesa Helen Tucker.

Tratou-se de uma vitória brilhante e meritória, já que Vanessa Fernandes ainda não está no pico de forma. Mesmo assim, o actual estado físico da jovem portuguesa foi suficiente para garantir o primeiro lugar.
Fonte: jogo

sábado, 24 de maio de 2008

SMS

El Caminito del Rey (Inglês: O King's percurso) é uma passagem, agora caído em degradado, alfinete, ao longo das paredes íngremes de um estreito desfiladeiro em El Chorro, perto de Málaga, Espanha. O nome é muitas vezes abreviado para El Camino del Rey. Em 1901 era evidente que os trabalhadores do Chorro Falls e Gaitanejo Falls necessários para atravessar uma passagem entre as quedas, para fornecer transporte de materiais, vigilância e manutenção do canal. A construção da passagem levou quatro anos, foi concluída em 1905. Em 1921 o rei Alfonso XIII atravessado a passagem para a inauguração da barragem Conde del Guadalhorce e tornou-se conhecido pelo seu nome actual.
.
.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Liga de Futsal Super Viva - 2ª Jornada

2ª Jornada, Polidesportivo da Vila em Celorico de Basto
Gasobasto R. da Variante 2 --- G. D. Codessoso A 3
O GDC-A começou a sua participação na edição deste ano da Liga de Futsal com uma Vitoria, o primeiro jogo tinha ficado adiado devido ao mau tempo, e não se pode dizer que começou mal, pois o mais importante foi alcançado que era a vitoria. Mas em termos de exibição o GDC-A teve uma 1ª parte de bom nível e chegou facilmente ao 3-0, na 2ª parte os jogadores sentiram que o jogo estava ganho e embora a exibição fosse fraca, as oportunidades de golo não faltaram mas o desacerto foi total e como quem não marca sofre, foi a Gasobasto a reduzir para 3-2, com dois tentos muito consentidos e que criaram uma certa expectativa á equipa da casa que no entanto acabou por lhe sair frustrada, porque o GDC-A controlou o jogo e o resultado até ao fim, exibição para esquecer, de positivo os três pontos conquistados.
Arbitragem não comprometeu.
2ª Jornada, Polidesportivo de Gandarela
Restaurante Primavera 3 --- G. D. Codessoso B 3
O GDC-B também começou a sua participação na edição deste ano da Liga de Futsal, empatando o primeiro jogo em Gandarela, o primeiro jogo tinha ficado adiado devido ao mau tempo, e portanto o GDC-B apresentou-se muito aguerrido e com um futebol rápido e muito técnico, tendo chegado facilmente ao 0-3 ao intervalo e ainda com uma série de oportunidades perdidas e ai é que esteve a diferença. Na 2ª parte do jogo tudo mudou e a equipa do GDC-B tentou jogar mais pelo seguro e não arriscou tanto, ficando na expectativa e esperando pela falha do adversário, mas isso não veio a acontecer e a equipa de Gandarela arriscou tudo jogando inclusive com o quinto jogador de campo que é o Guarda redes avançado cerca de dez minutos e por mais que uma vez o GDC-B podia matar o jogo, pois a baliza adversária estava abandonada, mas a falta de sorte e a audácia da equipa da casa acabou por ditar o resultado final, que contou também com uma contagem de tempo a favorecer os visitados (+ 7 minutos) e a ter consequências no resultado final, o empate foi obtido para lá dos 30 minutos regulamentares o que é de lamentar. Mesmo assim grande jogo do GDC-B que fez tudo para ganhar e a vitoria era um prémio merecido.
Arbitragem caseira o que infelizmente já não é novidade por aqueles lados.
.
Por Fernandino Machado

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Notícias de Celorico de Basto

Joaquim Mota e Silva fez Balanço Positivo da 1ª Fase de Implementação do POIP


O vereador do Desenvolvimento Local, Joaquim Mota e Silva, deslocou-se hoje às três Zonas Industrias do Concelho e, em conferência de imprensa, apresentou o balanço da implementação da 1ª fase do Plano Operacional de Investimentos Privados (POIP). Numa deslocação cujo objectivo foi apresentar o ponto da situação do plano de investimento, das empresas que já estão implementadas, nas 3 Zonas Industriais do Concelho (Crespos, Lameira e Carvalho), e das que se encontram em fase implementação, foi possível constatar que das dez empresas cuja implementação estava prevista, num período de 2 anos, duas já iniciaram a sua actividade e garantiram 27 postos de trabalho, três iniciam a sua actividade em 2008, duas encontram-se em construção e três estão em fase de licenciamento.O vereador do Desenvolvimento Local relembrou que a segunda fase do POIP será apresentada dentro de um mês e segundo ele “o projecto envolverá um investimento de cerca de 18 milhões de euros e irá criar cerca de 170 postos de trabalho”.
.
Fonte: notícias de basto

terça-feira, 20 de maio de 2008

Personalidades da nossa terra

Continua do mês anterior


No dia 21 de Setembro de 1912, com 30 anos de idade e 7 de sacerdócio, pisou pela primeira vez terra brasileira o grande ministro do altar e apóstolo da caridade.
O jesuíta Joé Coelho da Rocha, também fugitivo de Portugal, intercedeu pelo P. albino ante o Bispo, que o nomeou coadjutor do Padre João Carrelli, na paróquia de Jaboticabal; depois, coadjutor na paroquia de Jaú. Mais tarde, vigário de Barra Bonita. Nesta paróquia de Barra Bonita, o Padre Albino permaneceu até 1918. O Bispo Diocesano sabendo da capacidade e prudência do vigário de Barra Bonita, resolveu nomeá-lo para a paróquia de Catanduva.



Casa onde nasceu o Padre Albino em Codessoso

E a 28 de Abril de 1918, tomou posse da sua nova grei. CATANDUVA, primitivamente chamava-se S. Domingos de Cerradinho. No linguajar popular. Cerradinho dos maus costumes devido às malandragens aí reinantes. Antes de ser criada a paróquia, Catanduva pertencia eclisiasticamente à poroquia de Tabapuã. Em 1915 foi criada a paroquia e o seu primeiro vigário foi o Ver. Padre Maurício Caputo, italiano de Salermo, que ficou em Catanduva até 1918.
A 28 de Abril de 1918, tomava posse na paroquia o seu 2º vigário: Padre Albino Alves da Cunha e Silva.
As próprias autoridades olhavam o padre português com certa prevenção, pois era um sacerdote de temperamento reservado e austero.
No segundo ano de serviço iniciou as obras da Matriz; para realizar essa empresa saiu pelas ruas da cidade a angariar donativos.
Após ter iniciado a construção da matriz, em 1926, começou também a construir a Santa Casa da Misericórdia, hoje o Hospital Padre Albino, indiscutivelmente, um centro de assistência medica e social a toda a zona araraquarense; que é hoje um magnifico estabelecimento hospitalar do Estado de S. Paulo.

Padre Albino com outros colegas

O asilo dos velhos, para 100 pessoas. A Vila de S. Vicente, aglomerado residencial. O albergue nocturno. Os Lares “Ortega”, “Jusué” e “Anita Costa”. Compra da casa do 1º Juiz de Direito, para nela instalar a “Acção Catolica”. A casa da criança “Sinharia Neto”. O Colégio de Nª Senhora do Calvário, que foi construído pelas respectivas irmãs; mas a Igreja foi construída pelo povo. Construção de um grande prédio de 2 andares, destinado à casa de residência do Bispo de Catanduva.
Um sanatório de homens tuberculosos, para 700 doentes, 13 Igrejas e Capelas diversas construídas nos arredores de Catanduva.
Mas não foi tudo. Santuário e paroquia de Nª Senhora Aparecida. Ginásio “D. Lafaiete”. Seminário “César de Bus”. A faculdade de Medicina; a faculdade de Administração de Empresas e a faculdade de Educação Física. E ainda, a construção de um grande edifício, para fabrico de soro fisiológico destina do a uso exclusivo do Hospital. Da revista “Feiticeira”, Dezembro de 1973, recortamos de um extenso e bem documentado artigo de Olga Amorim, a seguinte passagem: “Em 1944, 25º aniversário de suas funções de pároco em Catanduva, um grande amigo da cidade mandou oferecer a Mons. Albino 100 contos em dinheiro ou 100 alqueires de terras em Porecatu, Panamá. Nin guem conseguiu convencê-lo a aceitar tão bela quantia! Aceitaria terras mas com uma condição: a escritura passada em nome da Associação Beneficente de Catanduva. Assim foi feito. Com muito sacrifício, as matas virgens formam hoje a Fazenda Promissão, com centro e dez mil “cafeeiros”!!!

.

Cont. no próximo mês

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Fórum - actualidade

Os preços dos combustíveis sofreram o 15º aumento do ano, subindo a gasolina e o gasóleo 3 cêntimos por litro. As gasolineiras alegam que os preços são definidos de acordo com os mercados concorrenciais, e que nada podem fazer. O Ministério da Economia e da Inovação já pediu à Autoridade da Concorrência para que analise, a formação dos preços dos combustíveis em Portugal. As principais empresas do sector, têm manifestado publicamente que uma das causas da instabilidade dos preços é a carga fiscal “imposto” que incide sobre os combustíveis. A propósito já se manifestou o Ministério da tutela, que afirmou que neste momento não há condições para baixar os impostos sobre os combustíveis, porque a situação económica do país neste momento não o permite, por existências de consolidação orçamental. Recentemente a BP apresentou os resultados do 1º trimestre, onde obteve um lucro de 63% superior ao de igual trimestre do ano passado.
Como analisa a instabilidade nos preços dos combustíveis em Portugal?

sábado, 17 de maio de 2008

28º aniversário do GDC

28º Aniversário do G. D. Codessoso O Grupo Desportivo de Codessoso, festejou mais um aniversário nos dias 3/4 de Maio de 2008. A festa decorreu junto à sua sede, no Largo da Escola Primária, mas desta vez com pompa e circunstância, sem dúvida uma festa em grande, que vai ficar para a história desta Associação. O programa de aniversário foi bastante diversificado, e ao gosto de todas as idades. No sábado às 15 horas houve lugar para a fé, com uma missa campal no Largo da Escola, celebrada pelo pároco desta freguesia, Padre Francisco, celebração esta, que foi delineada pela Direcção do GDC, e onde assistiram cerca de 250 pessoas. No final da eucaristia, realizou-se um jogo de futebol convívio entre atletas de várias gerações, os mais velhos a rondar os 50 anos e os mais novos com cerca de 16 primaveras, é claro foi feita uma mistura para melhor equilíbrio entre as equipas, o resultado foi o que menos interessou, valeu pela confraternização. À noite houve karaoke, abrilhantado por alguns artistas convidados, e outros habilidosos que se inscreveram para mostrar os seus dotes de artista, ao mesmo tempo passavam imagens em slide numa tela gigante, onde se podiam ver algumas actividades, desportivas, recreativas e culturais, que fazem parte dos 28 anos de existência do GDC. Em simultâneo, funcionava também o bar onde se cumpria o prometido, as pessoas pagavam o vinho e era oferecido o churrasco. Foi bonito ver a freguesia a conviver e a divertir-se como já não se via há muito tempo, de salientar que foram muitos os forasteiros a visitar-nos, uns porque os une laços de família e de amizade e outros apareceram por curiosidade, em suma, estiveram presentes nesta noite de festa algumas centenas de pessoas. À meia-noite foi lançado o fogo-de-artifício que deixou todos os presentes admirados e maravilhados com a sua beleza e quantidade, foi um espectáculo de cerca de 20 minutos com muita luz, cor e alegria. No fim continuou o karaoke, onde foram cantados os parabéns ao GDC, depois começou o espectáculo do DJ Tiago M. que durou até às duas da manhã. Portanto um dia em cheio. No domingo às 15 horas, visitou a actual sede do GDC, na Escola Primária de Codessoso, o Presidente do município de Celorico de Basto Dr. Albertino Mota e Silva, acompanhado do seu filho o Vereador do Desporto e Cultura Dr. Joaquim Mota e Silva. Foram recebidos pela Direcção do clube que no interior da sede, os convidou para uma visita guiada, onde foi dado a conhecer o historial do clube e o trabalho devolvido a nível cultural e desportivo. A seguir procedeu-se à cerimónia de entrega de alguns prémios, o de “Agradecimento” para o Município, Junta de Freguesia, Domingos Machado e Américo da Mota, a estes dois últimos a título póstumo, sendo entregues aos seus familiares mais próximos, prémio “Mérito desportivo” foi atribuído a Alfredo Carvalho, e o prémio “ Dedicação” foi entregue a Reinaldo Ribeiro fundador do clube. Todas estas entidades e individualidades foram importantes para a criação e desenvolvimento do GDC. O Dr. Joaquim Mota e Silva e o Prof. Albertino Mota e Silva, respectivamente, tomaram a palavra e foram quase unânimes na sua intervenção, deixando uma palavra de apreço para os fundadores e actual Direcção, pelo trabalho desenvolvido, falando na qualidade de filhos da terra e lembrando que por aqui nasceram e viveram em tempos e ainda têm grandes raízes familiares, mostrando-se ambos disponíveis para proporcionar um futuro melhor ao povo de Codessoso. O Vereador desporto, Dr. Joaquim, falou do bom entendimento que mantém com a Direcção do GDC, salientou também o excelente trabalho que a mesma tem desenvolvido em prol da cultura e desporto. Em seguida foi cantado em uníssono os parabéns ao GDC, e distribuído bolo e champanhe a todos os presentes. Depois, foram apresentados e entregues aos atletas os novos equipamentos, das equipas A e B, para a participação na Liga de futsal 2008 de Celorico de Basto. Continuando a festa, até ao fim da tarde, com alguns jogos tradicionais e puro convívio entre os participantes. O Presidente do Grupo Desportivo de Codessoso, Dr. Albino Monteiro disse ao codessoso on-line “que esta iniciativa embora tivesse dado muito trabalho, para que as coisas corressem bem, foi um sucesso em todos os sentidos. Foi um evento bonito para a freguesia, pois há bastante tempo que não tinham uma oportunidade destas, para se juntarem e confraternizar num ambiente de festa e animação. Aproveito esta oportunidade, para manifestar publicamente uma palavra de apreço, para esta equipa de trabalho, e restantes colaboradores, que foram incansáveis durante estes dias, que mostraram que é possível fazer muito com muito pouco, estão de parabéns”.

Texto: F. Machado

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Recortes

Factores genéticos influenciam infidelidade feminina
De acordo com um estudo realizado por cientistas britânicos, os genes influenciam a infidelidade feminina e o número de parceiros sexuais que as mulheres têm. Com o intuito de analisar um possível impacto genético no comportamento das mulheres, um grupo de cientistas britânicos analisou a resposta de 1600 pares de gémeas, cujos resultados foram publicados no jornal "Twin Research".«Descobrimos que cerca de 40 por cento dos factores que influenciam o número de parceiros sexuais e a infidelidade são genéticos», afirmou o Professor Tim Spector, director da Unidade de Pesquisa de Gémeos do Hospital St. Thomas, em Londres.No entanto, no que diz respeito à infidelidade no universo feminino, não rejeita o facto de o ambiente e a educação terem também alguma influência.«O facto de os traços psicossociais, como o número de parceiros sexuais e a infidelidade, funcionarem como outros traços genéticos dos humanos, ajuda a sustentar teorias da psicologia evolutiva para fundamentar a origem do comportamento humano», explicou o cientista Tim Spector.Neste estudo, as gémeas eram questionadas sobre o seu comportamento sexual, o número total de parceiros e as suas atitudes relativamente à infidelidade. Uma em cada cinco, cerca de 22 por cento, assumiram já terem sido infiéis.«Mais de 90 por cento das mulheres admitiram que, de vez em quando, tinham pensamento infiéis», declarou Spector.No entanto, os factores genéticos parecem não influenciar as atitudes das mulheres relativamente a este assunto. Muitas das que participaram na pesquisa, mesmo as que admitiram a infidelidade, assumem que esta forma de pensar e agir está errada.As gémeas interrogadas tinham, em média, 50 anos de idade, sendo que um quarto delas estava divorciada. As mulheres que tinham sido fiéis tiveram cerca de quatro parceiros sexuais, comparativamente com oito no grupo das infiéis.Os cientistas acreditam que muitos genes podem estar associados ao comportamento sexual - mais especificamente, os genes incluídos nos cromossomas 3, 7 e 20.Num estudo paralelo que envolvia cerca de 2000 pares de gémeas, também publicado pelo "Twin Research", Tim Spector e a sua equipa afirmaram que os genes também estavam relacionados com os distúrbios do sono.«Estes resultados sugerem uma substancial contribuição genética nos sintomas de apneia durante o sono e síndroma da sensação de cansaço nas pernas. Esta pode ser uma boa notícia para as pessoas que sofrem destes problemas, caso os genes responsáveis sejam identificados», afirmou Spector.A Unidade de Pesquisa de Gémeos existe desde 1992 e tem como objectivo o estudo dos genes no desenvolvimento de doenças e comportamentos nos homens e mulheres.
Fonte: Ciberia

Sinistralidade Rodoviária - Maio de 2008

Celorico de Basto - Abril 2008
Sinistralidade Rodoviária
No mês de Abril do corrente ano registaram-se no concelho de Celorico de Basto segundo apuramos junto de fontes policiais, os seguintes acidentes rodoviários: 06 Colisões com danos materiais.
01 Colisão com 01 ferido leve. 04 Despistes com danos materiais. 02 Despistes com 05 feridos leves. 23 Condutores fizeram o teste alcoolemia, acusando 22 uma tas 0,00 G/L. 01 Condutor foi detido acusando uma tas 2,69 G/L.
Foram registados pelas forças policiais locais 13 acidentes, dos quais resultaram seis feridos leves, nos restantes sinistros apenas se registaram danos materiais. O Codessoso on-line apurou também que o condutor detido por acusar uma taxa álcool de 2,69 g/l foi presente ao Tribunal de Celorico de Basto, tendo processo baixado inquérito. É de salientar que o referido condutor acusou mais que o dobro do álcool permitido por lei e foi interveniente em acidente de viação, despistando a sua viatura e causando danos matérias na mesma. É de referir que houve uma pequena diminuição no total dos sinistros registados e as vitimas são felizmente feridos leves, as causas são sempre as que toda a gente sabe, velocidade excessiva, condução sob efeito de álcool e principalmente o desrespeito pelas regras de trânsito.
Texto: F. Machado

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Penso logo existo...

Existem muitos crentes e almas bondosas fora da igreja e da confissão. São pessoas de boa vontade, às quais angustia a queda da humanidade e a ausência de paz e confiança no mundo.
Hermann Hesse
É fundamental que o estudante adquira uma compreensão e uma percepção nítida dos valores. Tem de aprender a ter um sentido bem definido do belo e do moralmente bom.
Albert Einstein
Respeito por si próprio, conhecimento de si próprio e domínio de si próprio – três condições que encaminham para o poder inexcedível.
Tennyson
Ama-se o luxo, não para si mas para os outros. Ninguém se veste de pórpura senão para esquecer em público e ninguém comeria sozinho em baixela de ouro. É preciso que haja admiradores e testemunhas dessas loucuras.
Séneca
Alcançar o vértice da nossa ambição é como alcançar o arco-irís: - à medida que avançamos ele vai fugindo.
Não temos consciência da felicidade senão quando somos infelizes.
O maior prazer que alguém pode sentir é o de causar prazer aos seus amigos.
Voltaire
É ridículo para um homem criticar o trabalho de um outro se não se distinguiu pessoalmente na mesma realização.
Addison

Adivinhas populares

1ª Sou mulher vistosa e até uso roupa transparente, exibo barba no pé e comovo muita gente. O que é? 2ª Sem ser gente, ela é da gente. Pouco, a gente faz sem ela, Mas, se aberta é contundente, Fechada, livrem-nos dela. O que é? 3ª Quando o bicho a fabrica, Merece todo o louvor. Se o homem a faz, vem a crítica: Não é bom trabalhador. O que é? 4ª Ela só vive na ausência Quando aparece valente, Mas perde a influência Com a presença do ausente. O que é? 5ª Se na festa ele é perfeito, Ela, no campo, não tem par; Por fora, ele tem confeito, Por dentro, ela só tem ar. Quem são? 6ª Desta vida ando cheio, Pois tenho o coro enrolado, A cabeça partida ao meio E ando sempre muito apertado. O que é? 7ª É malandro e preguiçoso E vive de galho em galho. No automóvel é famoso E não rejeita o trabalho. O que é? 8ª Por fora é toda esperança; Por dentro é rubra, vivaz; Se a comermos enche-nos a pança, Porque em água se desfaz. O que é? 9ª Professor de tanta gente, Na livre escola da vida, Requer consulkta somente, P’ra resposta definida. O que é? 10ª Não existe, na criança, Na serra é necessidade. Vem, com a idade que avança, Do velho sai, com a idade. O que é?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Despedida do Rui Costa


Este fim de semana despediu-se dos relvados, um dos maiores talentos de sempre do futebol português. Foi pena a época desportiva não ter corrido bem ao seu clube de coração.


Despede-se com emoção do “seu estádio” como fez questão de referir, não escondendo as lágrimas nos olhos que contagiou os mais de 50 mil espectadores, pena foi, o Benfica fazer uma das piores épocas desportivas da sua longa história, pois o Rui Costa merecia mais e melhor...


Esperamos que tenha mais sorte, nas suas novas funções de Director Técnico para o futebol, que está prestes a iniciar, deseja-se que tenha todo o apoio do clube, para que não seja envolvido nos problemas que têm afectado o Benfica, para que não seja prejudicado o capital de confiança que todos lhe depositam, para que o clube volte aos tempos áureos, que a todos nós portugueses, tantas alegrias deu...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Apito final

Futebol: Apito final - Requisitos para provar corrupção consumada beneficiam clubes em relação aos árbitros
09 de Maio de 2008, 18:53 Porto, 09 Mai (Lusa) - A impossibilidade de demonstrar que os árbitros de futebol os beneficiaram fez com que o FC Porto e União de Leiria fossem condenados apenas por corrupção na forma tentada, apesar de aqueles terem sido suspensos por corrupção consumada. A diferença entre tentativa de corrupção e corrupção consumada resulta na diferença entre a condenação à perda de pontos ou à despromoção: o FC Porto vai perder seis pontos devido aos jogos com o Beira-Mar e o Estrela da Amadora da época de 2003/04 e a União de Leiria três pelo jogo com o Belenenses, da mesma época. Quando questionado pelos jornalistas sobre por que razão os árbitros foram condenados por corrupção consumada quando os clubes e seus dirigentes só o foram por tentativa de corrupção, o presidente da Comissão Disciplinar (CD) da Liga de clubes explicou que os pressupostos são diferentes. "No caso dos clubes e dirigentes, para haver corrupção têm que estar verificados três pressupostos ao mesmo tempo: haver uma oferta, haver um pedido para que o árbitro actue parcialmente e em sentido favorável e ter-se demonstrado em campo que houve essa actuação favorável", disse Ricardo Costa. Se apenas forem demonstrados os dois primeiros pressupostos e não a "contrapartida da solicitação", ou seja, que o árbitro favoreceu o clube em causa, não haverá corrupção consumada, mas apenas tentativa de corrupção. "Foi isso que não conseguimos demonstrar, nem é demonstrável tendo em conta os factos que existem e tendo em conta as peritagens que foram feitas relativamente à actuação de todos os árbitros envolvidos quanto aos jogos investigados", sublinhou. Segundo o presidente da CD, no caso dos árbitros a corrupção consumada só exige dois requisitos: que eles solicitem ou aceitem uma oferta e que a oferta, ou a solicitação, "pela sua natureza ou valor, ponha em causa a credibilidade do exercício das funções". "A partir do momento em que ele solicite ou aceite a oferta está desde logo a desrespeitar as regras de actuação isenta e imparcial que se exigem a um agente da arbitragem e, portanto, a produção está condicionada", acrescentou, considerando "injusta" esta diferença prevista nos regulamentos. Para Ricardo Costa, a injustiça resulta de os regulamentos não preverem uma "simetria entre quem corrompe e quem é corrompido". "Ou seja: havendo clubes e dirigentes que são punidos por corrupção tentada, o árbitro - injustamente, na nossa perspectiva - é punido por corrupção consumada", disse Ricardo Costa, sublinhando que "isto faz toda a diferença". E a diferença resulta na punição do árbitro com uma suspensão por um período entre dois anos a 10 anos, enquanto, "pelos mesmo factos, pelas mesmas condutas", os dirigentes punidos por tentativa de corrupção são suspensos por um período entre seis meses e dois anos. "É mais uma das distorções que nós encontramos nos regulamentos e que achamos que também se deve mudar, porque isto não faz nenhum sentido. Além desta diferença no seio da corrupção, também há uma diferença entre a corrupção e a coacção. E essa diferença também tem de ser esbatida de uma vez por todas", sustentou. Ricardo Costa admitiu que, quanto à corrupção consumada, "não se percebe" por que é que se exige o "resultado em concreto da actuação parcial do árbitro, que não se exige para a coacção". Para o presidente da CD, "isto gera distorções", pois não se percebe a razão por que "se pune de maneira tão severa o árbitro, quando a mesma severidade não está nos clubes e nos dirigentes", ou "por que se pune de forma tão severa um comportamento de coacção, ameaça, constrangimento e não um de corrupção". Por tentativa de corrupção dos árbitros dos jogos com o Beira-Mar e o Estrela da Amadora, o FC Porto foi punido com a subtracção de seis pontos e multa de 150.000 euros, enquanto o seu presidente, Pinto da Costa, foi suspenso por dois anos e multado em 10.000 euros. Augusto Duarte, o árbitro do jogo em Aveiro com o Beira-Mar, foi suspenso por seis anos, enquanto o árbitro do jogo no Porto com o Estrela da Amadora, Jacinto Paixão, foi suspenso por quatro anos e os seus assistentes, José Chilrito e Manuel Quadrado foram suspensos por dois anos e meio. Por tentativa de corrupção do árbitro assistente Bernardino Silva no jogo em casa com o Belenenses, também da época de 2003/04, a União de Leiria foi punida com a subtracção de três pontos e multa de 40.000 euros, enquanto o seu presidente, João Bartolomeu, foi suspenso por um ano e multado em 4.000 euros. Bernardino Silva foi suspenso por dois anos e meio, por corrupção consumada naquele jogo, disputado em Leiria.
ESI. Lusa/fim.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Resenha histórica de Codessoso

Continuação do mês anterior Mas quem era aquele D. Gonçalo de Sousa?
D. Gonçalo Mendes de Sousa, que pertencia a uma poderosa família da nobreza portucalense e portuguesa, os Sousas, também designados por Sousãos, foi companheiro de D. Afonso Henriques nas lutas pela formação de Portugal e na sua corte ocupou importantes cargos entre os quais o de mordomo da Cúria, uma espécie de Chefe de Governo. Rico e poderoso, possuía, entre outras, as tenências de Panoias, Sousa, Celorico, Barroso e Monforte, e era senhor das honras de Vila Caiz (Santa Cruz de Riba-Tâmega), Carvalho e Carvalhosa (Aguiar de Sousa), Anães e Unhão (Felgueiras), Lalim, Várzea de Serra, Ribela e Mós, no julgado de Castro Rei (Tarouca), para se citar apenas algumas delas. Dele diz o autor medieval da Vida de Santa Senhorinha, ser um “príncipe nobre e cavaleiro deste reino, o qual era muito privado de el-rei D. Afonso… e mui poderoso; e todo p conselho de el-rei era com ele”, depois de falecimento Egas Moniz, do qual fora também genro.3 Entretanto, deve-se esclarecer que a existência em determinado lugar de uma quinta, com paço, pertencente a um membro da Nobreza fazia com que esse lugar ficasse honrado, isto é, passava a terra privilegiada e imune, que não pagava tributos à Coroa, onde não entravam justiças ordinárias e cuja jurisdição pertencia exclusivamente ao seu senhor. Geralmente, estes domínios senhoriais chamavam-se Honras se pertenciam à Nobreza e Coutos se pertenciam à Igreja. Mas, em alguns casos, Coutos havia que eram de nobres, diferenciando-se das Honras porque resultavam de uma mercê régia, gozando das imunidades por concessão do monarca, enquanto aquelas eram imunes apenas pela nobreza dos senhores que as detinham. Acresce também que a propriedade honrada perdia essa qualidade quando deixava de pertencer a um fidalgo, tornava-se devassa, isto é, perdia os privilégios e as imunidades anteriores.4 Ora, como vimos atrás, tal situação não se aplicava ao Couto de Codeçoso apesar de esta propriedade ter deixado de ser da família dos Sousãos e passado a pertencer, provavelmente por doação, ao Mosteiro de Telões. Por isso, apesar da inexistência de documentos que o confirmem, inclino-me a pensar para que este território teria havido uma carta de couto (o diploma régio que consagrava os privilégios e imunidades do couto) concedida pelo monarca ao próprio D. Gonçalo Mendes de Sousa ou então a um seu antepassado, porquanto esta família possuía, já anteriormente a meados do século XI, numerosíssimas propriedades nesta região. É este facto que determina o seu estatuto jurídico, que perdurou até aos anos trinta do século XIX, data em que, sendo um minúsculo município com apenas centena e meia de fogos, é extinto para dar lugar aos grandes e actuais concelhos de Amarante e de Celorico de Basto. Apesar do que ficou dita até agora, constata-se historicamente que a posse e jurisdição do Couto de Codeçoso pelo Mosteiro de Telões não foi sempre uma questão de todo pacifica e, variadas vezes, os respectivos Abades tiveram de recorrer aos monarcas a fim de estes confirmarem a jurisdição e os privilégios do couto, os quais publicavam cartas de confirmação, como aconteceu com D. Duarte em 1434. Outras vezes, a solução foi o recurso à Justiça contra aqueles que lhes tentavam usurpar os seus direitos, como se verificará mais adiante. Devo abrir aqui um parêntese para dizer que, a partir de agora, sempre que me referir a este couto o designarei pelo nome por que é mencionado, em cada época, nos documentos: umas vezes, Couto de Codeçoso, outras vezes, Couto de Codeçoso e Aboim ou Couto de Aboim e Codeçoso, e, por último, Concelho de Aboim e Codeçoso. Couto das Tábuas Vermelhas de Nossa Senhora da Oliveira Em 1474, reinava em Portugal D. Afonso V, o cónego João de Barros anexou a Igreja de Telões à Real Colegiada da Nossa Senhora da Oliveira, de Guimarães, autorizado por breve do Papa Sixto IV e confirmado pelo Arcebispo de Braga D. Luís, no ano seguinte. Desta maneira, a Igreja de Telões, as suas propriedades, incluindo o Couto de Codeçoso, e as suas capelas anexas de Aboim e Codeçoso, passaram a integrar o património da dita Colegiada, cujo Cabido passou a apresentar o reitor da paróquia de Telões (e, mais tarde, os curas das paroquias de Aboim e de Codeçoso) e a nomear o juiz e demais oficiais do Couto.5 Desde os alvores da Nacionalidade que a Colegiada de Guimarães, erigida entre as cinzas do anterior mosteiro duplex, fundado e dotado pela Condessa Mumadona (séc. X), concitou a protecção dos primeiros monarcas portugueses, sendo certo que D. Afonso Henriques foi padroeiro. Protector e benfeitor desta igreja, tendo-lhe concedido amplos privilégios, isenções e liberdades, os quais eram extensivos aos seus priores, cónegos e demais servidores. Sucessivos monarcas, reconhecendo à Colegiada o direito dela conceder os referidos privilégios aos caseiros das suas terras, publicaram cartas e alvarás advertindo todas as autoridades do reino que respeitassem cumprissem e fizessem cumprir os mesmos privilégios.
. Texto: Raul Lopes
. Nota: continua para o próximo mês

Fórum - futebol

terça-feira, 6 de maio de 2008

Grande entrevista - Dr. Joaquim da Mota e Silva


Vereador do Pelouro do desporto e cultura da Câmara Municipal de Celorico de Basto



Identificação: Joaquim Monteiro da Mota e Silva.



Curriculum: Licenciado em Gestão de Empresas na Universidade Católica, trabalhei na então Mota & Companhia, depois na Caixa Geral de Depósitos, e mais tarde acabei por assumir a actividade política a tempo inteiro, onde ocupo diversas funções executivas e vários cargos políticos. Tenho a minha vida empresarial, que tem sido prejudicada pela actividade política, que como se sabe não é profissão, mas serviço público.


Jornal Codessoso on-line: Como é que surgiu o gosto pela política?


Joaquim Mota e Silva: Desde pequeno que acompanhava o meu pai em diversas acções políticas, e acabou por surgir uma gosto pela política que se acentuou mais tarde quando tive a oportunidade de presidir à JSD de Celorico de Basto. Com a eleição para vereador a minha vida política e o gosto de fazer política acentuou-se, porque fazer coisas pela terra que nós gostamos é sempre motivador.



JC: A filiação partidária surge por ideologia política ou por influência familiar?


JMS: Primeiro por influência familiar, mas mais tarde por convicções políticas, por perceber que o PSD sempre possuiu uma vocação reformista, no caminho de melhorar a nossa sociedade, por contra-ponto do PS, que tem a vocação de defesa dos interesses instalados.



JC: Foi Deputado à Assembleia da República pelo círculo de Braga. Essa experiência foi importante para o desempenho das funções de Vereador na Câmara de Celorico de Basto?


JMS: Ganhei bastante experiência política enquanto Deputado, e bastantes conhecimentos de natureza pessoal, que têm sido úteis na defesa dos interesses do município de Celorico de Basto. Também na altura aproveitei para fazer diversas acções, das quais destaco o projecto-lei que apresentei para convergência da economia desta região em relação à media nacional.



JC: Ainda exerce funções na Distrital do PSD de Braga?


JMS: Sou o Secretário-Geral da distrital de Braga do PSD, depois de ter sido tesoureiro, e anteriormente vogal. Trabalhei com três presidentes, e tenho continuado o meu percurso de lealdade e coerência.



JC: Como é do seu conhecimento, por Protocolo celebrado entre a Câmara Municipal e a Refer, foram as antigas infra-estruturas do caminho de ferro da Linha do Tâmega (Estações), transferidas para a jurisdição do Município. Fala-se na construção de uma ciclo-via. Este projecto é para avançar?


JMS: Estamos neste momento a enquadrar o processo de candidatura da eco-pista, no âmbito do QREN, estando também a Câmara Municipal a desenvolver o projecto, cujos valores de intervenção deverão rondar os cinco milhões de euros. Esta obra é muito importante na lógica de desenvolvimento do concelho nas vertentes do turismo, lazer, cultura, desporto, e meio ambiente.



JC: Não é um risco fazer um investimento de milhões de euros, quando não é previsível a sua rentabilização, face à má experiência de um projecto idêntico na zona de Famalicão?


JMS: A nossa região tem um potencial enorme ao nível do turismo, e este equipamento será um grande apoio a este vector, bem como permitirá a recuperação das estações, apeadeiros, e do antigo canal ferroviário, que nunca se sabe se poderá no longo prazo, vir a servir o fim para o qual foi inicialmente construído.



JC: Como sabe, a prática de desporto no concelho não tinha grande visibilidade, limitava-se essencialmente aos torneios de Verão, nomeadamente, futebol de praia e outros pequenos torneios em outras modalidades desportivas, mas faltava uma grande prova desportiva que envolvesse directamente as várias freguesias do município:

Foi no fundo esta a génese que esteve na origem da criação da Liga de Futsal?


JMS: Em poucos anos demos um grande salto em diversas áreas, entre as quais o desporto. Incentivamos o desporto de formação em diversas modalidades, apoiamos o desporto escolar, construímos novos equipamentos desportivos, e promovemos uma série de eventos, dos quais sem dúvida a Liga de Futsal é um bom exemplo. Pretendo o apoio ao desporto escolar, de formação, de competição, e de manutenção, independentemente da idade e do sexo. Penso que estamos no bom caminho.



JC: E porque não um campeonato de futebol de 11?


JMS: E por que não. Pela minha parte, no desporto, fundei o Basket Clube de Celorico, o Mota Futebol Clube, a Associação de Ciclismo de Celorico de Basto, e a Associação de Futsal de celorico de Basto. Muitos me criticam por estar em muitas entidades e associações, mas a verdade é que estou porque fui eu quem as criou, e não os que criticam. Estou sempre disponível a apoiar pessoas ou entidades com ideias que julgue válidas para o desenvolvimento económico e social do concelho. Criticam-me por estar em muita coisa, felizmente não me criticam por estar em lado nenhum ou fazer pouco.



JC: Foi essa a preocupação que levou a Câmara Municipal a desenvolver a criação de infra-estruturas desportivas, como o Polidesportivo de Codessoso?


JMS: Queremos dar boas condições às freguesias, para que se possam desenvolver actividades desportivas, culturais, recreativas, e de índole social, por parte das forças vivas das freguesias, e no caso de Codessoso, sei que a Junta de freguesia e as Associações locais estão a aproveitar da melhor maneira os novos equipamentos que vão sendo construídos.



JC: Que análise faz da primeira edição da Liga Super C de Celorico de Basto?


JMS: Penso que correu muito bem, com uma representatividade muito abrangente ao nível das freguesias do concelho, sendo que houve equipas de 16 freguesias. O número de atletas, dirigentes, e público envolvidos deixou-me muito feliz com esta primeira edição, deixando a impressão que a próxima edição terá um nível semelhante ou superior, pelo menos estamos a trabalhar para isso.



JC: Como sabe a Rebat apoia várias Associações fora da freguesia, como membro do Conselho de Administração, como explica o facto da mesma instituição ignorar o pedido de patrocínio do GDC?


JMS: Ainda não foi discutido algum apoio ao GDC em Conselho de Administração da REBAT, contudo comprometo-me a levar em mão tal pedido, se o mesmo me for solicitado.



JC: O GDC desenvolve inúmeras actividades para além do futebol, e recebe anualmente cerca de 500,00 €, isto é, o mesmo que recebe outras Associações com menos iniciativas e com menos capacidade de mobilização da população.

Quais são os critérios de atribuição de subsídios às colectividades do Município?


JMS: Julgo que na sequência das ultimas reuniões estabelecidas com a direcção do GDC, ficou demonstrado que a Câmara Municipal apoia e valoriza claramente as colectividades que mais trabalham e mais se esforçam, como é o exemplo crescente do GDC.



JC: A Câmara apoia fortemente o Mota SAD, o que permitiu que o clube se federasse para participar nas provas oficiais, quando não dispõe de infra-estruturas desportivas, pois está a disputar os jogos em Agilde. Por informações que apuramos, os jogos em casa tem “meia dúzia” de pessoas na assistência, comparado com as dezenas de pessoas que o GDC arrastava nos jogos da Liga de Futsal.

Porque motivo a Câmara não aposta em equipas como o GDC ou o Canedo, que tem condições mínimas para a organização dos jogos (campo de futebol e balneários) de futebol de 11 ?


JMS: No concelho de Celorico de Basto, existe uma política de concentração de alguns equipamentos de maior dimensão nos pólos urbanos de Celorico, da Gandarela, de Fermil, e da Mota, por forma a que estes sirvam de forma racional as freguesias envolventes. Assim acontece na educação, na saúde, na protecção civil, no comércio e serviços. A Câmara Municipal pretende que a mesma dinâmica se estenda ao nível desportivo, dado existirem clubes nos 4 pólos urbanos referidos. Com o novo Estádio Municipal e a remodelação do parque de jogos do FC. Gandarela, será necessário melhorar as instalações do SC Fermilense, bem como criar um espaço desportivo na Mota, que permita servir as freguesias envolventes com dignidade, e transforme a referida ”meia duzia” de assistentes em muitos. Na vida, a diferença entre as pessoas, resulta em muitos casos da dificuldade em certas pessoas verem no presente aquilo que será, para todos, óbvio no futuro. Quanto ao apoio da Câmara ao Mota FC, este é o mais pequeno relativamente aos outros clubes a disputar campeonatos oficiais, estando a Câmara aberta a encarar novos projectos de equipas de futebol de 11, à devida escala, ou seja, no âmbito de freguesia, e não no âmbito de um conjunto de freguesias, como é o caso dos quatro clubes existentes.



JC: Ao apoiar estas equipas não estaria de certa forma a promover o desporto e a descentralizar o futebol de 11, que se concentra no Celoricense, Gandarela e Fermil?


JMS: Penso que ao responder à questão anterior, acabei por responder a esta, reafirmando que nunca o desporto teve tanta força no nosso concelho e em todas as suas freguesias, incluindo a minha freguesia natal de Codessoso.



JC: Como é que está o projecto da construção do Centro de Dia em Codessoso?


JMS: Como se sabe, encontra-se em fase de construção, tendo havido grandes dificuldades em ajustar a melhor solução para as fundações do edifício a construir, dado ter havido sucessivos aterros que criaram sérias dificuldades em termos de engenharia, bem como o cabo de média tensão da EDP, que apesar de ter sido elevado, continuou a condicionar as soluções para as fundações.



JC: Qual é a previsão da entrada em funcionamento?


JMS: Dentro de um ano deverá estar concluída a sua construção, e será um grande orgulho para mim enquanto presidente da Associação de Solidariedade de Sto. André de Codessoso, e para todos aqueles que gostam e sentem o pulsar da freguesia.



JC: Uma questão polémica foi o encerramento da Escola Primária. As crianças da freguesia têm agora de fazer 9 kms para ir às aulas a Celorico de Basto. O povo da freguesia acusa a Câmara de nada fazer para impedir o seu encerramento, que comentário lhe merece?


JMS: Como é do conhecimento público, o ministério da educação de Portugal, determinou o encerramento de escolas primárias com menos de 20 alunos, em todo o país, sem qualquer excepção. Assim sendo, e como em Codessoso a escola possuía menos de 20 alunos, o governo mandou cumprir a sua determinação, e a Câmara Municipal ainda teve de ficar com o encargo de transportar as crianças. Aconteceu assim em todo o lado, mas contudo eu compreendo a tristeza de ver fechar a escola por onde muitos de nós passamos, onde inclusive o meu pai foi professor e a minha irmã foi aluna.



JC: É apontado como o sucessor do seu pai na presidência da Câmara Municipal de Celorico de Basto.

Quer comentar?


JMS: É verdade que já falam de mim como futuro presidente da Câmara Municipal à mais de 10 anos, e pelo meio penso que fiz coisas boas por Celorico, apesar de ter sido convidado para vários cargos, ao longo dos anos, para fora do concelho. Em política é preciso perceber que as pessoas só vão para certos cargos, em primeiro lugar por vontade própria e do seu partido, e depois por vontade do eleitorado, mas eu ainda estou no aspecto da vontade própria. Penso que nos oito anos que levo como vereador a tempo inteiro, dei o meu melhor ao nosso concelho, e sinceramente pondero outros desafios que me aliciam a nível externo, contudo adoro a minha terra e estarei sempre preparado para defender os seus interesses, seja em que função for. Se não fosse filho de presidente, bastaria ter feito um terço do que fiz, para ser mais bem reconhecido. Mas sinto que existem muitas pessoas que confiam nas minhas capacidades e valorizam o meu trabalho, e é isso que me tem incentivado, mesmo nos momentos mais difíceis, em que tentaram meter-se na minha vida privada, e destruir a minha vida política.



JC: Que mensagem gostaria de deixar ao povo de Codessoso?


JMS: Sou suspeito para falar de Codessoso, porque sou natural e vivi os primeiros tempos da minha vida em Codessoso, além disso o meu pai e parte da minha família são desta freguesia, contudo julgo que a freguesia tem um potencial enorme, ao nível da localização, da sua rara beleza, e do espírito de iniciativa das pessoas. Desta freguesia saíram grandes homens, e nesta freguesia vivem pessoas de grande caracter e nobreza. Acredito no futuro da freguesia e no seu crescimento, através dos seus novos equipamentos e de novas ideias que pretendo lançar para enquadrar Codessoso em projectos que tenham a ver com os nossos principais eixos de desenvolvimento: turismo, lazer, cultura, desporto, e meio ambiente. Conheço muito bem a freguesia e por isso, em articulação com as entidades locais, havemos de levar por diante mais iniciativas que melhorem a qualidade de vida das pessoas de Codessoso. Sou um optimista por natureza e convicção.
.

Director

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Vinhos verdes

Sete adegas dos vinhos verdes criaram sociedade anónima de base cooperativa ,Celorico de Basto faz parte desta sociedade.


Sete adegas cooperativas da região dos vinhos verdes, representando mais de 1200 viticultores, formaram uma sociedade anónima capaz de produzir mais de 10 milhões de litros de vinho.A nova sociedade, designada Viniverde - Promoção e Comércio de Vinhos Verdes SA., integra as adegas de Barcelos, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Famalicão, Lousada, Penafiel e Ponte da Barca.Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração, disse à Lusa que esta é a primeira sociedade de base cooperativa em Portugal.“Esta sociedade fará a gestão integrada das massas vínicas, desde o produtor ao consumidor, assumindo responsabilidades que vão desde o pagamento das uvas ao produtor até à comercialização do vinho”, explicou.A Viniverde integra capital destas sete adegas, mas está aberta à entrada de outras da região dos vinhos verde, apesar de considerar que “a actual estrutura já garante dimensão económica à sociedade”.A Viniverde propõe-se comercializar marcas das suas associadas e criar outras, a uma escala mais abrangente, que permita satisfazer as necessidades de clientes, sobretudo de mercados internacionais.“A ideia central que presidiu à Viniverde é que a sociedade tem de representar mais, no plano da acção e da riqueza, do que o somatório dos seus associados”, acrescentou à Lusa.Afirmou ainda que a Viniverde disporá de instrumentos que “vão permitir potenciar a riqueza gerada individualmente por cada adega, sobretudo graças a uma gestão mais flexível do que a do modelo cooperativo, assente num corpo profissional”.Neste momento, está em curso um estudo da actual situação das adegas associadas para identificar as necessidades de investimento.A Viniverde acredita que haverá fundos do QREN direccionados para este tipo de projectos, que apoiarão a modernização tecnológica, a imagem, o marketing e a qualidade do produto, a realizar em cada uma das adegas, no quadro de um plano de investimentos integrado desenvolvido pela sociedade anónima.“A Viniverde é uma decisão corajosa e reveladora da maturidade das sete adegas, constituindo um passo para tentar ultrapassar as imensas debilidades com que se confronta este sector da economia agrícola”.Segundo um estudo realizado recentemente pela União das Adegas Cooperativas da Região dos Vinhos Verdes – Regiverde – o sector enfrenta grandes dificuldades, com uma quebra, nos últimos cinco anos, de 47 por cento do preço dos vinhos verdes vendidos e “um quadro financeiro asfixiante” da maioria das cooperativas da região.


Ministro da Agricultura assistiu no Porto à apresentação da Viniverde


O ministro da Agricultura, Jaime Silva presidiu na passada segunda-feira, na sede da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, no Porto, à apresentação da Viniverde.
O governante salientou o aumento de 12 por centro das exportações de vinho verde no ano passado, frisando que esta tendência é uma boa oportunidade para a Viniverde.Reconheceu que as dificuldades das adegas cooperativa é um problema da agricultura portuguesa, mas para o qual tinha de ser encontrada uma resposta.“Queremos que este projecto da Viniverde seja exemplo de uma dinâmica em que a região tem que dar um salto”.Jaime Silva salientou que a sua presença na cerimónia “é o testemunho inequívoco de um apoio ao sector cooperativo que souber dar o salto qualitativo”.“Quero agradecer a coragem que tiveram de se modernizar na gestão, do risco que vão correr, um risco que evidentemente contará com dois instrumentos importantíssimos o PRODER e a reforma da OCM que, como sabem, constitui um adicional de apoios financeiros para um conjunto de instrumentos que nós queremos que seja de promoção”, afirmou, acrescentando:“Este é o momento certo de apanharmos o comboio da modernização do sector cooperativo, e, por isso, quero felicitá-los pela iniciativa que mostram para todo o país. E à região dos vinhos verdes de maneira geral e à sua CVR pelo exemplo que dão em termos de gestão de funcionamento”.

Armindo Mendes/Lusa

Buscas da GNR - Celorico de Basto

Buscas domiciliarias da GNR em Celorico resultaram na apreensão de um "arsenal" de armas


O Núcleo de Investigação Criminal de Guimarães deteve, hoje (dia 30), um homem e identificou outros 16, com idades compreendidas entre os 20 e os 70 anos, por posse ilegal de armas e por suspeita de receptação de material furtado. No decorrer da operação foi dado cumprimento a 17 buscas domiciliárias, nos concelhos de Celorico de Basto, Braga, Fafe, Cabeceiras de Basto e Guimarães, que permitiram apreender 25 armas (pistolas, revolveres e caçadeiras), 258 munições de diversos calibres, 225 cartuchos de calibre 12 mm, um aerosol de defesa, três espadas, um ecrã plasma, uma nota falsa de 50,00 euros e diversas aves de espécies protegidas. O detido vai ser presente a tribunal e os restantes foram constituídos arguidos.A imagem é bem ilucidativa do "arsenal" de armas apreendidas, com a colaboração da GNR celoricense.

SMS

A Origem do Dia das Mães


Estas flores são oferecidas a todas as mães do mundo

A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "MotheringDay", fato que deu origem ao "motheringcake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.


Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia WardHowe, autora de "O Hino de Batalha da República". Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais. Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.


"Não criei o dia das mães para ter lucro"


O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso. Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.


Cravos: símbolo da maternidade


Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

No Brasil, a primeira comemoração do Dia das Mães foi promovida pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

Humor

Perdidos
Pedro e Maria estão num voo para a Austrália para comemorar seu 40º aniversário de casamento. De repente, o comandante anuncia pelos alto-falantes: - Senhoras e senhores, tenho notícias muito ruins. Nossos motores estão parando de funcionar e vamos tentar um pouso de emergência. Por sorte, estou vendo uma ilha não catalogada nos mapas logo abaixo de nós e vamos tentar aterrar na praia. Ele aterrou com êxito, mas avisou os passageiros: - Isto aqui é o fim do mundo e é muito provável que nós não sejamos resgatados e tenhamos que viver nessa ilha pelo resto das nossas vidas! Nessa hora, Pedro pergunta à mulher: - Maria, o nosso IRS foi entregue antes de viajarmos? - Ai, desculpa Pedro. Eu esqueci-me completamente! Pedro, eufórico, agarra a mulher e afinfa-lhe o maior beijão de todos os 40 anos de casamento. A Maria não entende e pergunta: - Pedro! Porque me beijou desta maneira? E ele responde: - Eles vão encontrar-nos!!

Curiosidades

A origem do tabaco
Acredita-se que a palavra "tabaco" venha do nome da ilha de Tobago ou da região de Tabasco, no México, alguns dos lugares onde a planta foi primeiramente encontrada; enquanto que "cigarro" deriva da palavra maia que nomeava o objeto, "sik´ar", que significa "fumar". A planta (Nicotiana tabacum) foi fumada pela primeira vez pelos índios americanos, que enrolavam suas folhas secas em folhas de palmeira ou de milho.
.
.
.
Hábito de fumar foi levado dos índios norte-americanos para a Europa por um inglês
O hábito de fumar foi adquirido dos índios norte-americanos pelos colonizadores ingleses. Foi levado à Inglaterra por Walter Raleigh e dali se difundiu pela Europa. Conta-se que um criado, ao ver Raleigh soltando fumaça pela boca e pelo nariz, jogou-lhe uma jarra de cerveja, pois pensou que estivesse prendendo fogo.
.
.
.
A água armazenada pode estragar?
Água pode estragar caso seja armazenada de forma ou em lugares errados. Se você encher um balde de água e deixá-lo parado por alguns dias, verá que o recipiente foi invadido por larvas de insetos, fungos e outras formas de vida, tendo então que purificá-la para que se torne novamente potável. Guardá-la em um recipiente fechado também oferece riscos, pois a água ou o próprio recipiente podem já estar contaminados com as bactérias. Além disso, o pote onde ela é deixada precisa ser adequado para o armazenamento. Se ela fosse colocada em uma bacia de alumínio, por exemplo, logo o metal envenenaria a água. Os materias que podem ser usados para armazenar líquidos são o vidro, aço inoxidável e alguns plásticos.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Arquivo - Nossa Senhora do Ribeiral

Continuação do mês anterior
Rezas e cânticos à virgem da Serra de Codeçoso
À conversa com a “vidente”
Contrastando com o tom ameaçador de indivíduo de pés descalços que referimos, Maria Celeste Ferreira amavelmente acedeu a falar com os repórteres do “Jornal da Terra”, justificando-se com o velho aforismo que “quem não deve não teme” e afirmando que o único propósito que a move é “fortalecer e propagar o culto e a devoção a Nossa Senhora do Rosário”. Da resposta à nossa interrogação quanto ao motivo porque aquela «peregrinação», desde há quatro anos, sempre se realiza mo primeiro domingo de cada mês, desde que precedido de um sábado do mesmo mês, entendemos que tal se deve a uma tradição pratica relativa ao culto mariano de Fátima, a chamada “devoção dos primeiros sábados”, que, conforme refere a nossa interlocutora, aqui se realiza ao domingo por razões de ordem pratica, mas sem perder o seu valor e efeitos. Questionada também sobre o que motivou a escolha daquele lugar isolado na serra de Codeçoso para tais praticas religiosas, mencionava que ali bem próximo, no Ribeiral – significativamente designado Por si como «Cova do Ribeiral», numa evidente analogia com o outro lugar de Fátima – há cerca de cinquenta anos, ela e a sua irmã Maria Dulce, viram Nossa Senhora. Da alegada aparição faz-nos um relato que, salvo algumas questões de pormenor, é do domínio publico da nossa região. Diz-nos que, entre os 9 e os 10 anos de idade, “ainda antes de fazer a primeira comunhão”, morando com a sua família num lugar isolado chamado Fiães de Cima, era frequente deslocar-se à serra para pastorear um rebanho de ovelhas. Menina pobre sem brinquedos, de casca de pinheiro moldava os seus (quando ali havia pinheiros, antes de serem substituídos pelos eucaliptos dizemos nós) e entrelinha-se a “baptizar” as avelhas com nomes da sua lavra, as quais acorriam dócil e obedientemente aos seus chamamentos. Numa das suas idas á serra, daquela vez acompanhada da sua irmã, viu “uma senhora toda brilhante” sobre um penedo, no Ribeiral, “finando boquiaberta, sem saber o que era” e, quando a irmã desata a correr atrás dela. Manifestando a nossa estranheza por ela não reconhecer Nossa Senhora, inquirimos se nunca tinha visto uma imagem e a Maria Celeste Ferreira, explica-nos que, naquele tempo, ma Igreja as crianças eram obrigadas a fixar o sacrário do altar-mor e se olhassem para os lados, o que permitiria verem a imagem de Nossa Senhora, sujeitava-se a apanhar um bofetão. Lembrámo-nos do relato de Lúcia e da pergunta “Vossemecê quem é?” Naquela correria depararam com a senhora Raquel, uma velhinha das redondezas, a quem contaram que tinham visto um lobo e à sua pergunta, depois também repetida pela mãe, “como era o lobo?”, responde que era uma “senhora vestida de branco, com a cabeça pequenina, e um manto que a cobria toda, deixando-lhe ver só os dedos dos pés descalços”. Face ao silêncio, à falta de comentários, quer daquela mulher quer da sua própria mãe, a Maria Celeste diz-nos que sentia “uma grande tristeza, um aperto no peito, uma estranha ansiedade interior, um sentimento que não sei explicar”. Seria o seu pai que, perante a sua descrição, lhe diria que alguém assim só poderia ser Nossa Senhora e, então quis correr novamente para a serra, no que foi demovida por aquele com a afirmação que Ela já lá não estava, já tinha voltado para o Céu. Maria Celeste também nos conta que, no dia seguinte, nas cercanias da sua casa, viu um cão enorme e que, fase à sua exclamação “mãe, está ali o cão do senhor Abade” (o pároco possuía um possante mastim), seria esclarecida que se tratava de um lobo. Com uma certa candura e ingenuidade interpreta o acontecimento como sendo uma revelação da própria Virgem Maria, que assim lhe teria querido mostrar o que era efectivamente um lobo e a diferença entre aquela e a visão que tivera na serra. Refere-nos igualmente como um pré-aviso da aparição que, uns dias antes de ter visto a Nossa Senhora do Ribeiral, tinha observado um fio de água a brotar pela primeira vez do chão, fonte que, segundo afirma, nunca mais secou desde então e cujas águas terão virtudes miraculosas. Se o que nos relata aconteceu há cerca de cinquenta anos, porque só agora surgem estas devoções e peregrinações àquele lugar? – Interrogamos. Maria Celeste revela-nos que, há cerca de seis anos, Nossa Senhora lhe voltara a aparecer, no seu quarto, na sua própria casa, e lhe pediu que providenciasse a construção local de “uma igreja das mais pequenas”, insistindo que foram estas as palavras exactas. E diz-nos mais: “Tem havido muitas aparições, um pouco por todo o mundo, que não têm sido divulgadas, fazendo com que Maria Santíssima e o seu Divino Filho estejam muito ofendidos e, por isso, é que surgem as catástrofes e as guerras, do que a Jugoslávia é um exemplo”. Uma afirmação, na nossa opinião, muito pouco condizente com o Jesus do Evangelho que pregou a misericórdia, o perdão e a salvação, mas que não nos surpreenderia, pois, sabemos continuar a subsistir no imaginário religioso do nosso povo a concepção de um Deus terrível e vingativo, um Javé justiceiro do Antigo testamento.
Raul Lopes: in jornal da terra

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Monsenhor Padre Albino de Codessoso

Escrever sobre o Padre Albino é praticamente contar a história de Catanduva, desde 1918 até 1973 e muito mais.

Albino Alves da Cunha e Silva, português de nascimento, catanduvense de coração e Benemérito pelo título recebido da Câmara Municipal em 1968. Nascido em 21 de Setembro de 1882, ordenou-se sacerdote em 1905; foi forçado a fugir de Portugal para o Brasil em 1910. Em 28 de Abril de 1918 chegava a Catanduva (apenas 14 dias após a instalação do Município) para ser o seu 1º Pároco.



Padre Albino e criancas na casa da crianca Sinharinha Neto que ele mesmo construiu

Os primeiros tempos em nossa cidade foram difíceis, com poucos amigos, pois chegaram a ir até São Carlos para pedir ao Bispo que mandasse de volta o Padre antigo... Aos poucos, porém, foi conquistando a confiança da população através da vontade, da garra e da determinação. Como a Capelinha que encontrou era pequenina, resolveu construir uma Igreja, de bom tamanho, o que animou a todos porque todos precisaram contribuir e também porque o Padre não ficava só mandando... ele também ajudava no “batente”.

Museu Padre Albino

Após a Matriz de São Domingos, vieram tantas outras obras associativas, culturas, de saúde, filantrópicas, religiosas, etc., do qual foi o Idealizador, e tantas outras de quem foi Incentivador: Hospital Padre Albino, Asilo dos velhos, Vila São Vicente de Paulo, Casa da criança “Sinharinha Netto”, Congregação Mariana e outras associações religiosas, “Coleginho”, “Colegião, Orfanato “Ortega-Josué”, Capelas que depois se transformaram em paróquias, vinda das Freiras para o Hospital, Colegião e Educandário São José, vinda dos Padres Doutrinários (que construíram o Seminário “César de Bus”, o Santuário N. Senhora Aparecida e o Pensionato D.Lafayette (hoje Colégio Jesus Adolescente), a Faculdade de Medicina, etc.
Para as construções e, posteriormente, para a manutenção delas, precisava de dinheiro que era conseguido através de constantes visitas aos sitiantes e fazendeiros, bem como passando “listas” entre as pessoas consideradas ricas da cidade e pedidos aos políticos daqui e de fora, além das constantes e tradicionais quermesses.



Comemorando aniversário

Passou a ser uma das pessoas mais benquistas da cidade, admirado por todos porque, vivendo uma vida bem modesta, nunca se esquecia dos “seus pobres”. Não gostava que o chamasse de Monsenhor ou Cônego: queria ser apenas o Padre Albino que fazia o bem a todos, mas principalmente aos pobres, idosos, crianças e doentes. Nos seus 55 anos que passou entre nós pautou por seguir seu lema de vida: “viver inteiramente pobre. Sem dinheiro, sem bens, sem dívidas e sem pecado”.
Mas o Padre Albino, além de Pároco, era também uma autoridade local e, por isso mesmo, sempre que era convidado, participava dos mais variados tipos de eventos: reuniões, comemorações, solenidades cívicas, bênçãos, casamentos, batizados, retiros, procissões, encontro com autoridades, aniversários, etc.



Hospital Padre Albino

Ele faleceu no dia 19 de Setembro de 1973 (faltando 2 dias para completar 91 anos), e nos dias de hoje a devoção em torno de sua pessoa leva todos os anos milhares de pessoas irem até a capela aonde ele está sepultado para pedir proteção ou alguma ajuda, por cima de seu túmulo existem mais de 100 placas de agradecimentos por algumas graças alcançadas. Sem dúvida alguma Monsenhor Albino foi e sempre será a maior pessoa que já existiu em nossa cidade por tudo e a forma que ele fez suas obras aqui em Catanduva. As obras que ele nos deixou estão hoje sendo administradas pela “FUNDAÇÃO PADRE ALBINO, que em seu inicio em 1926 se chamava “ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE DE CATANDUVA”, e a partir de 1968 se transformou na atual “FUNDAÇÃO PADRE ALBINO”.

Fernando Abdo Banhos

Historiador e pesquisador do “Museu Padre Albino”

Dia do Trabalhador

O 1º de Maio é celebrado mundialmente como o "Dia do Trabalhador". Mas esta data tem uma história.
A "miséria imerecida"
Em finais do século XIX, com o início da industrialização, começaram a aparecer novos problemas relacionados com o trabalho. O Papa Leão XIII dá conta do "temível conflito" que se estava a gerar "entre o mundo do capital e o do trabalho" dando lugar a uma situação de "miséria imerecida" (encíclica "Rerum Novarum", 15-05-1891).Um dos principais problemas que atingiam os operários era o horário de trabalho. Trabalhava-se de sol - a - sol, como os agricultores. Alguns reformadores sociais já tinham proposto, em várias épocas, a ideia de dividir o dia em três períodos: oito horas de trabalho, oito horas de sono e oito horas de lazer e estudo, proposta que, como sempre, era vista como utópica pelos empregadores.Com o desenvolvimento do associativismo operário, e particularmente do sindicalismo, a proposta da jornada de oito horas tornou-se um dos objectivos centrais das lutas operárias e também causa de violentas repressões e de inúmeras prisões e até morte de trabalhadores.
Os "Mártires de Chicago"
No 1º de Maio de 1886, milhares de trabalhadores de Chicago (Estados Unidos da América), tal como de muitas outras cidades americanas, foram para a rua, exigindo o horário de oito horas de trabalho por dia. No dia 4 de Maio, durante novas manifestações, uma explosão serviu de pretexto para a repressão brutal que se seguiu, que provocou mais de 100 mortes e a prisão de dezenas de operários.Este acontecimento, que ficou conhecido como os "Mártires de Chicago", tornou-se o símbolo e marco para uma luta que, a partir daí, se generalizou por todo o mundo.
Os novos problemas
Passados todos estes anos, a história do movimento operário continua a ser feita de avanços e recuos, vitórias e derrotas. Entre nós, a luta pelo horário de oito horas também tem uma longa história. Só em Maio de 1996 o Parlamento aprovou a lei da semana de 40 horas (oito horas diárias de segunda a sexta feira). No entanto, as horas extras e o trabalho em fins de semana, acabam muitas vezes por anular as conquistas consignadas na lei.As novas formas de organização do trabalho, a precarização e a globalização vem trazer novos problemas que os trabalhadores têm que enfrentar.A exploração do trabalho infantil e da mulher, bem como dos imigrantes são um desafio permanente à imaginação e à capacidade de organização e de luta dos trabalhadores.
A solidariedade
A Doutrina Social da Igreja propõe a solidariedade - a que chama "virtude" - como o meio necessário e indispensável para que a luta dos trabalhadores pela sua dignidade, seja eficaz. João Paulo II, na "Solicitude Social da Igreja" (nº 38), reconhece "como valor positivo e moral, a consciência crescente da interdependência entre os homens e as nações. O facto de os homens e as mulheres, em várias partes do mundo, sentirem como próprias as injustiças e as violações dos direitos humanos cometidas em países longínquos, que talvez nunca visitem, é mais um sinal de uma realidade interiorizada na consciência, adquirindo assim conotação moral.Trata-se antes de tudo da interdependência apreendida como sistema determinante de relações no mundo contemporâneo, com as suas componentes - económica, cultural, política e religiosa - e assumida como categoria moral. Quando a interdependência é reconhecida assim, a resposta correlativa, como atitude moral e social e como "virtude", é a solidariedade. Esta, portanto, não é um sentimento de compaixão vaga ou de enternecimento superficial pelos males sofridos por tantas pessoas, próximas ou distantes. Pelo contrário, é a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum; ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos."
Dia de festa
Não se pense que este dia, herdeiro de uma forte tradição de luta operária, à mistura com perseguições, prisões e até mortes, é um dia triste. Não, porque nele também se recordam as conquistas - pequenas e grandes - que os trabalhadores foram conseguindo através dos tempos. É uma longa história que sabe bem recordar e celebrar.Os Movimentos Operários da Acção Católica - JOC e LOC/MTC - costumam celebrar o 1º de Maio como o "Dia da Solidariedade", em que propõem aos seus membros e amigos, além de recordar e celebrar o significado histórico deste dia, a participação com um dia de salário para as despesas dos respectivos Movimentos.
Dia de S. José Operário
A Igreja quis dar a este dia de acção e de festa - "A Festa do Trabalho" - uma dimensão de fé. Em 1955, o Papa Pio XII instituiu a Festa de S. José Operário, a ser celebrada precisamente no dia 1 de Maio de cada ano.
Fonte: in 1º de Maio dia do trabalhador