Já vai
em 29 mortos, as vítimas da tragédia dos incêndios que grassam nas nossas
florestas todos os anos, um pouco por todo o país. Nesta época do Verão de
2017, os incêndios não param, e com as temperaturas altas que ainda se fazem
sentir em pleno mês de Outubro, a situação vai continuar, enquanto houver mato
e pinhal para queimar.
Toda a
gente tem consciência dos problemas que estão por detrás deste fenómeno; falta
de limpeza da floresta pelos proprietários, falta de limpeza das bermas das
estradas pelas respectivas entidades que asseguram a manutenção as vias, o desleixo
na falta de limpeza nas zonas envolventes das habitações. A estas razões,
somam-se os interesses económicos das empresas de combate ao fogos, empresas que
compram a madeira queimada por dois tostões, que continua a ter utilidade no
caso de abate das arvores logo a seguir aos incêndios, e muitas outras razões
que se poderiam enunciar.
A
maioria dos incêndios têm origem criminosa, ninguém divide disso, porque é
impossível existir num país tão pequeno mais de 200 incêndios ativos à mesma
hora, e só nos dias de maior calor para que os fogos devastem mais área. Querem
queimar tudo o que resta do nosso património natural, com consequências
gravíssimas para a economia nacional.
É
preciso agir rapidamente, apesar de ser tarde demais. Se necessário, convocar
equipas multidisciplinares, técnicos florestais, protecção civil, bombeiros,
envolver as universidades, Juntas de Freguesias, Municípios, Organismos
Intermunicipais, Ministério da Agricultura e o próprio Governo, para trabalhar
em conjunto e avançar com a reforma da floresta, implementar medidas concretas
e eficazes para parar com esta tragédia.