terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Recortes - comunicação social

18% dos portugueses vivem com menos de 349 euros/mês
Um Inquérito às Condições de Vida e Rendimento conclui que 18% dos portugueses se encontram em risco de pobreza, mas sem os subsídios do Estado este valor cresceria até aos 24%.
Patrícia Susano Ferreira com Lusa pferreira@destak.pt
O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2007 junto das famílias nacionais revela que 18% dos portugueses se encontram em risco de pobreza, mantendo-se o valor estimado para o ano anterior, avançou o Instituto Nacional de Estatística.
Este valor coloca o País dois pontos percentuais acima da média da UE a 25 (16%) e revela que 18% da população nacional ganha menos de 379 euros por mês. As boas notícias são que se esbateu ligeiramente o fosso entre os mais ricos e os mais pobres.
A pobreza afecta sobretudo o grupo dos idosos, onde a taxa de risco se fixa nos 26%, mas também os menores, estimando-se que 21% destes estejam neste grupo.
De acordo com o mesmo inquérito, as famílias constituídas por um adulto e crianças, os idosos a viverem sós e as famílias com três ou mais crianças são os grupos com as taxas de risco de pobreza mais elevadas, respectivamente com 34%, 37% e 43%. No extremo oposto estão os agregados constituídos por três ou mais adultos sem crianças dependentes (9%) e por dois adultos com uma criança (12%).
Lusos dependentes de subsídios
Graças às transferências sociais facultadas pelo Estado, a taxa de risco de pobreza foi reduzida em 6%. Ou seja, estes subsídios permitiram bai-xar a taxa de risco de pobreza de 24 para 18%. Já os rendimentos das pensões de reforma e sobrevivência possibilitaram uma redução de 16 pontos percentuais.
Para o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, estes dados mostram que o Estado está a criar subsídio-dependentes na forma como combate a pobreza. Jardim Moreira reconhece que tem havido mais dinheiro para apoiar quem precisa, mas considera, no entanto, que o problema está na redução de técnicos que acompanham a situação. Fosso entre ricos e pobres diminui
O coeficiente de Gini - que mede as desigualdades nos rendimentos - regista em Portugal 37%, o que «evidencia uma ligeira melhoria no distanciamento entre os mais ricos e os mais pobres, apesar de a população residente continuar a caracterizar-se por forte desigualdade na distribuição de rendimentos». Apesar desta redução, a verdade é que os 20% mais ricos da sociedade ga-nham seis vezes e meia mais do que os 20% mais pobres.
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In destak 16.12.2008

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