O Presidente da República pediu hoje aos portugueses para "não baixarem os braços" perante a desaceleração da economia, sublinhando que o país já foi capaz de ultrapassar outros momentos difíceis. Sobre o recurso à energia nuclear, Cavaco Silva diz que a matéria "deve ser debatida e estudada"."Num momento em que foram reveladas algumas previsões preocupantes quanto ao comportamento da nossa economia, quero dizer aos portugueses que este é um tempo para não baixarem os braços", declarou Cavaco Silva, em Celorico de Basto, concelho da região do vale do Tâmega, uma das sub-regiões mais deprimidas do país.
O chefe de Estado defende que só através de uma "mobilização de forças" será possível inverter a desaceleração da economia, prevista por várias instituições, incluindo o Banco de Portugal. "Não podemos resignarmo-nos. Já ultrapassámos fases difíceis e fomos capazes de vencer os obstáculos", insistiu.Em Celorico de Basto, Cavaco Silva reuniu-se com os presidentes das nove câmaras do Vale do Tâmega e, no final, reconheceu que a região "tem alguma debilidade estrutural", mas sublinhou que também "tem coisas boas", nomeadamente potencialidades turísticas. "É preciso é aproveitá-las, para que possam ser criados novos empregos", que fixem os jovens, referiu, destacando o papel que as autarquias podem ter no desenvolvimento económico do país.
Questão nuclear deve estudada, durante a visita, Cavaco Silva foi questionado sobre as declarações de Vítor Constâncio que, esta semana, ao apresentar as mais recentes previsões do Banco de Portugal afirmou que Portugal deveria ponderar o recurso à energia nuclear, como forma de reduzir a dependência do petróleo. "Na campanha eleitoral, foi-me feita exactamente essa pergunta. Nessa altura, respondi da seguinte forma:
A questão deve ser debatida e deve ser estudada, por forma a encontrar o verdadeiro interesse nacional. Hoje não responderia de forma diferente", afirmou.O chefe de Estado escusou-se também a comentar os investimentos em infra-estruturas anunciados pelo Governo, por considerar que não deve pronunciar-se em público sobre a matéria. "As minhas opiniões são conhecidas do Governo", afirmou, salientando que prefere não falar delas "para que não possa ser acusado de ter partido por aqui ou por outro lado".
In Público
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