segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Recortes - comunicação social

Um terço dos licenciados pensa criar o seu negócio 27 10 2008 08.24H Cerca de 35% dos universitários têm intenção de ter uma empresa, mas na verdade apenas 6,4% terminam os projectos. Aversão ao risco é um dos factores que inibe os estudantes.
Patrícia Susano Ferreira pferreira@destak.pt
Aversão ao risco, baixa criatividade e pouca familiaridade com o processo de criação de novos negócios são alguns dos factores que inibem o empreendedorismo entre os estudantes portugueses do ensino superior.
As conclusões são de um estudo de Aurora Teixeira, docente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e investigadora, que tentou compreender as atitudes dos alunos em relação à criação de novas empresas.
Apesar de 70% dos 4413 inquiridos se mostrarem atraídos pela ideia de poderem criar o seu próprio negócio e 35% terem intenções de o fazer, as taxas de empreendedorismo efectivo são muito baixas. Apenas 6,4% dos alunos fundam empresas e pouco mais de 11% já começaram a dar os primeiros passos para criar um novo negócio.
A autora acrescenta que poucos compreendem o tipo de assuntos com que um empreendedor é confrontado quando leva uma ideia para o mercado, como se criam planos e conceitos de negócios, quais as técnicas que ajudam a perceber o que o mercado necessita, ou mesmo como financiar legalmente um novo conceito de negócios.
Além disso, cerca de 16% dos alunos não mostram capacidade para identificar um modelo exemplar de uma pessoa empreendedora ou de uma empresa nacional ou internacional de destaque. Aqueles que o fizeram elegeram Belmiro de Azevedo em Portugal e Bill Gates no Mundo.
Áreas empreendedoras
De acordo com o estudo, os alunos com maior propensão para o empreendedorismo encontram-se inscritos nas áreas de Economia e Gestão, seguidos dos de direito e ciências sociais. Em situação oposta encontram-se os estudantes da área da saúde.
Por regiões, o Algarve lidera nas intenções empreendedoras (41,1%), mas perde no que toca à criação de empresas, com pouco mais de 5%. Lisboa consegue ganhar o primeiro lugar neste sector (cerca de 7%), seguida de perto do Alentejo.
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In Destak

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