segunda-feira, 27 de abril de 2009

Codessoso queixa-se de cheiros do aterro

O aterro sanitário de Codessoso está a provocar maus cheiros que atormentam o dia-a-dia da população local, que tem dias que nem pode sair de casa. Junta de Freguesia lamenta falta de poder para alterar a situação.
Os habitantes da freguesia de Codessoso, Celorico de Basto, estão a ficar sem paciência para suportar o mau cheiro do aterro sanitário que está instalado na localidade desde 2001. Os moradores, abordados pelo JN, confirmaram que a situação é agora mais grave do que no início do funcionamento do aterro e ilustram o cenário de forma inequívoca. "Tem vindo a piorar muito nos últimos tempos e tem-se tornado insuportável porque é todos os dias", afirmou uma idosa sentada à soleira da porta de casa, local onde passa a maior parte do dia.
Dias há em que, garante, "é um cheiro que até dá vómitos. Tem-se de fechar as portas e mesmo assim o fedor passa para dentro das casas". Em Codessoso, as pessoas não querem dar a cara para denunciar a situação, mas lá vão lamentando o facto de terem o aterro à porta de casa. "Há dias que só se sai de casa com a mão no nariz", contou outro habitante. A situação agrava-se nos dias de maior em que humidade e nevoeiro.
Outra das queixas dos moradores prende-se com a não utilização, por parte dos responsáveis do aterro, de um produto que amenize o mau cheiro. "Dizem que têm lá um produto qualquer para não haver mau cheiro, mas esse produto deve ser caro porque raramente o utilizam", lamentam. Aliás, em Codessoso diz-se que esse produto contra o mau cheiro é apenas utilizado quando o aterro é visitado por crianças das escolas e infantários da região.
Manuel Pinheiro, presidente da Junta de Freguesia, confirmou as queixas da população mas assume que "não há volta a dar", uma vez que o aterro está a funcionar há oito anos e tem uma vida útil de, pelo menos, mais quatro. "Quando alguém reclama a REBAT coloca uma máquina que atenua o cheiro mas não há mais nada a fazer", afirmou, resignado. O autarca já mandou ofícios à Câmara e ao Ministério do Ambiente mas a resposta recebida confirma a legalidade do aterro .
O JN tentou sem sucesso contactar o administrador executivo da REBAT, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, S.A.. * 2009-04-08 - carlos Rui Abreu - In JN

3 comentários:

leitor atento disse...

O povo da freguesia de Codessoso não se importa muito de estar a levar diáriamente com o cheiro na cara. A Câmara Municipal deu meia dúzia de empregos às pessoas, para estes se calarem, sendo certo que vão ter de gramar o cheiro por muitos anos, desconhecendo-se no futuro se os resíduos que ali vão ficar acumulados terão efeitos nocivos para a saúde pública.

Morador em Codessoso disse...

O problema é que as pessoas não se manifestam, porque têm receio de perder o seu posto de trabalho. E quando reclamam não se identificam publicamente, para não ficarem comprometidos. Não sei porquê, pois este trabalho não vai durar sempre, tinha inicialmente uma previsão de funcionamento de 12 anos, que já foram largamente ultrapassados.

Asno manhoso disse...

De facto a junta de freguesia nao tem poder para alterar a situaçao nem quer,pois ainda nada fez,nem vai fazer,foi conivente com a instalaçao do aterro e continua.Algumas pessoas de codessoso tem medo de falar pois sao o exemplo vivo daquilo que temos como representan-te maximo em codessoso atira a pedra e esconde a mao,que se assuma perante o povo que e o que nos precisamos,de quem nos defenda e nao de quem nos tenta acobardar e intimidar quando precisa do voto,onde te escondes agora, atraz dos oficios ,aparecam e defendam a nossa freguesia.