terça-feira, 20 de maio de 2008

Personalidades da nossa terra

Continua do mês anterior


No dia 21 de Setembro de 1912, com 30 anos de idade e 7 de sacerdócio, pisou pela primeira vez terra brasileira o grande ministro do altar e apóstolo da caridade.
O jesuíta Joé Coelho da Rocha, também fugitivo de Portugal, intercedeu pelo P. albino ante o Bispo, que o nomeou coadjutor do Padre João Carrelli, na paróquia de Jaboticabal; depois, coadjutor na paroquia de Jaú. Mais tarde, vigário de Barra Bonita. Nesta paróquia de Barra Bonita, o Padre Albino permaneceu até 1918. O Bispo Diocesano sabendo da capacidade e prudência do vigário de Barra Bonita, resolveu nomeá-lo para a paróquia de Catanduva.



Casa onde nasceu o Padre Albino em Codessoso

E a 28 de Abril de 1918, tomou posse da sua nova grei. CATANDUVA, primitivamente chamava-se S. Domingos de Cerradinho. No linguajar popular. Cerradinho dos maus costumes devido às malandragens aí reinantes. Antes de ser criada a paróquia, Catanduva pertencia eclisiasticamente à poroquia de Tabapuã. Em 1915 foi criada a paroquia e o seu primeiro vigário foi o Ver. Padre Maurício Caputo, italiano de Salermo, que ficou em Catanduva até 1918.
A 28 de Abril de 1918, tomava posse na paroquia o seu 2º vigário: Padre Albino Alves da Cunha e Silva.
As próprias autoridades olhavam o padre português com certa prevenção, pois era um sacerdote de temperamento reservado e austero.
No segundo ano de serviço iniciou as obras da Matriz; para realizar essa empresa saiu pelas ruas da cidade a angariar donativos.
Após ter iniciado a construção da matriz, em 1926, começou também a construir a Santa Casa da Misericórdia, hoje o Hospital Padre Albino, indiscutivelmente, um centro de assistência medica e social a toda a zona araraquarense; que é hoje um magnifico estabelecimento hospitalar do Estado de S. Paulo.

Padre Albino com outros colegas

O asilo dos velhos, para 100 pessoas. A Vila de S. Vicente, aglomerado residencial. O albergue nocturno. Os Lares “Ortega”, “Jusué” e “Anita Costa”. Compra da casa do 1º Juiz de Direito, para nela instalar a “Acção Catolica”. A casa da criança “Sinharia Neto”. O Colégio de Nª Senhora do Calvário, que foi construído pelas respectivas irmãs; mas a Igreja foi construída pelo povo. Construção de um grande prédio de 2 andares, destinado à casa de residência do Bispo de Catanduva.
Um sanatório de homens tuberculosos, para 700 doentes, 13 Igrejas e Capelas diversas construídas nos arredores de Catanduva.
Mas não foi tudo. Santuário e paroquia de Nª Senhora Aparecida. Ginásio “D. Lafaiete”. Seminário “César de Bus”. A faculdade de Medicina; a faculdade de Administração de Empresas e a faculdade de Educação Física. E ainda, a construção de um grande edifício, para fabrico de soro fisiológico destina do a uso exclusivo do Hospital. Da revista “Feiticeira”, Dezembro de 1973, recortamos de um extenso e bem documentado artigo de Olga Amorim, a seguinte passagem: “Em 1944, 25º aniversário de suas funções de pároco em Catanduva, um grande amigo da cidade mandou oferecer a Mons. Albino 100 contos em dinheiro ou 100 alqueires de terras em Porecatu, Panamá. Nin guem conseguiu convencê-lo a aceitar tão bela quantia! Aceitaria terras mas com uma condição: a escritura passada em nome da Associação Beneficente de Catanduva. Assim foi feito. Com muito sacrifício, as matas virgens formam hoje a Fazenda Promissão, com centro e dez mil “cafeeiros”!!!

.

Cont. no próximo mês

Sem comentários: