Salários - Gestores Públicos

 

É antidemocrático e injusto o salário auferido por alguns dos Gestores Públicos em Portugal. Para além do salário chorudo ainda recebem prémios avultados, o que é uma vergonha face à situação económica do país. Com base num relatório empresarial do Estado, DN escreveu que as administrações de 77 empresas públicas receberam, no ano passado, um total de 26,8 milhões de euros, mais 30% do que os 20,3 milhões de euros pagos em 2006. 

A desigualdade entre o vencimento dos Gestores em Portugal e os salários dos restantes trabalhadores é tal, que levou o Presidente da Republica por altura das comemorações do 25 de Abril a alertar para esta situação que é injusta e desproporcionada em relação aos rendimentos dos portugueses.

Há quem defenda que os valores pagos aos administradores públicos são inferiores aos do sector privado, e que estão ao nível dos salários praticados noutros países da Europa nas empresas do Estado.

Porém, o problema é outro. Há empresas públicas que pagam prémios de milhões aos seus administradores quando a sua gestão é ruinosa, as empresas dão prejuízos de milhões ao Estado e ainda aprovam os pagamentos de prémios o que ainda é mais espantoso, como foi o caso das Águias de Portugal. Seria justo pagar esses valores desde que lhe exigissem resultados positivos na sua gestão.

O curioso é o facto de grande parte dos economistas em Portugal, acharem que as remunerações anuais pagas aos administradores públicos não ser excessivos, como é o caso de António Mexia que nos últimos 3 anos recebeu de salários e prémios cerca de três mil milhões. O problema é que a grande parte das empresas públicas, dão prejuízos anuais de milhões de euros ao Estado que têm que ser pagos todos os anos pelos contribuintes portugueses através do orçamento do Estado. Outras empresas, aprovam a distribuição de prémios chorudos aos gestores, sustentado no facto da empresa atingir os seus objectivos, mas se repararmos bem, somos nós que pagamentos tudo. 

Há empresas como a Galp, Estradas de Portugal e EDP, que atingem os seus objectivos anuais, mas é fruto do aumento o preços da prestação de bens e serviços, como a energia, portagens e a gasolina, mas no fundo quem paga tudo são os contribuintes, mas se pagassem salários mais baixos e congelassem os prémios e regalias, certamente não era necessário onerar os particulares e as empresas com aumento dos preços.