A natureza foi madrasta para os madeirenses e para Portugal, voltando novamente a demonstrar que é soberana, que não é dominável pela vontade ou acção do homem e não deve ser ignorada, pois a todo o momento poderá manifestar-se com consequências imprevisíveis.
Todos nós devemos lamentar, as perdas de vidas de dezenas de pessoas e prestar todo o apoio e solidariedade aos madeirenses que de um momento para o outro perderam todos os seus haveres e familiares próximos.
As crises naturais para além de unir e sensibilizar as pessoas, especialmente os políticos, deverão também servir para tirar todas as elações sobre as causas que originaram esta catástrofe para tentar no futuro minimizar os riscos de situações idênticas.
Perante este cenário multiplicam-se as opiniões quanto às causas que poderão estar na origem deste fenómeno, fala-se que há excesso de pastorícia nas zonas altas e rurais onde os animais comem a vegetação e plantas que protegem a resistência do solo, há falta de planeamento urbanístico, construções em zonas de risco, condicionamento do curso natural das ribeiras, pois estão cada vez mais estreitas; mas por mais razões que possam existir é tempo de pensar no futuro e tirar daqui uma lição para que se possa aprender com os erros do passado.
Apesar das pessoas que morreram e dos prejuízos causados pela tempestade, os madeirenses têm sido uns heróis, pelo esforço e entre ajuda de todos, têm concentrado todos os esforços para limpar as zonas afectadas e reconstruir o que foi destruído e regressar à normalidade.
Entretanto, com as ajudas e apoios que chegam de todo o lado, nomeadamente, do continente e da união europeia através do mecanismo do fundo de calamidade que se preparam para accionar, será possível num futuro muito próximo proceder à reconstrução de tudo o que foi destruído.
Estas imagens vão ficar para sempre na nossa memória.
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