O novo PSD

Passos Coelho venceu as eleições internas no PSD com larga margem de votação, que ultrapassou os 60 % dos votos. Foi um candidato que partiu para as eleições muito mais preparado que os restantes candidatos. 

Contactou com técnicos das mais variadas  áreas, rodeou-se de economistas que lhe facilitaram muito o trabalho de casa. Foi o único candidato que escreveu um livro onde relata as suas ideias para o país, ganhou grande parte dos debates televisivos, teve grande apoio dos militantes de base, ao contrário dos outros dois candidatos que apareceram de um momento para o outro, empurrados pelo aparelho do partido, daí o resultado negativo. 

São conhecidas as ideias neoliberais de Passos Coelho, que defende menos intervenção do estado na economia e o emagrecimento das despesas através da privatização de empresas públicas. Esta situação pode ter um efeito negativo na economia nacional, pois os particulares só estão interessado na compra das empresas que sejam lucrativas, o que representa menos receitas para as finanças públicas e incapacidade do Estado para intervir na economia como agente regulador de mercado, caso se revele necessário. O candidato eleito já referiu publicamente, ser uma oposição responsável e que pretende colaborar com o Governo em todas as matéria necessárias à defesa do interesse comum para o país.

São públicas as divergências com alguns dos notáveis do partido, especialmente Alberto João Jardim. Passos Coelho, já apelou à união do partido, vamos aguardar para ver, se vai haver ou não uma nova alternativa democrática ao Governo...