quarta-feira, 13 de julho de 2011

A crise das economias na Europa


É muito discutível o papel das Agências Internacionais de notação financeira. Estas entidades não passam de meras porta-vozes dos agentes económico que vivem da especulação dos mercados. Isto vem reforçar a ideia de falta de credibilidade dos pareceres técnicos que estes Agentes imitem na avaliação dos riscos de investimento, porque exteriorizam a ideia de promiscuidade, falta de autonomia e imparcialidade.

O corte no rating da divida pública de Portugal na tabela como lixo, veio ainda mais, acentuar essa ideia, gerando uma onda de contestação por essa Europa fora, uma vez que essa avaliação não faz sentido quando o Governo de Passos Coelho criou um imposto extraordinário no corte dos 50% do subsidio de natal aos portugueses, que representa uma medida excepcional que não estava contempladas no memorando da troika.

O que significa que, a mudança de Governo em Portugal não chegou para serenar a instabilidade nos mercados internacionais, nem as medidas de austeridade que foram adoptados pelo executivo que representam “um murro no estômago”  nas palavras de Passos Coelho.

A Agencia de notação financeira norte-americana a Moody's, corta rating de algumas empresas públicas algumas das quais lucrativas, REN, ANA, RTP, Refer, CP, Câmaras Municipais de Lisboa e Sintra, Bancos (CGD, BCP, BES e Banif), regiões autónomas dos Açores e Madeira, que tem por objectivo directo beneficiar os especuladores internacionais que se preparam para atacar as privatizações que estão em curso e, que estão contempladas no acordo com a troika, beneficiando os investidores estrangeiros a comprar a preços de saldo. Este comportamento destas agências, levou a ANA, Câmara de Lisboa e Porto a não renovar o contrato ou a cessar a prestação destes serviços técnicos por não lhes reconhecerem seriedade.

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