quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tradição - touradas

Em Espanha, a tradição ainda vale mais do que o direito à vida de alguns animais. Todos os anos, há 98 anos, sempre no mês de Julho, o Festival de São Firmino, em Pamplona, reúne milhares de pessoas para verem dezenas de touros a serem mortos no fim de uma coreografia chamada tourada.
O festival, a Norte de Espanha, arranca hoje. Mas é justamente contra o certame e contra esse ritual macabro de assassinar lentamente os touros na arena - para que, sofrendo, possam proporcionar um grande espectáculo -, que mais de cem activistas pelos direitos dos animais protestaram ontem: contra os maus-tratos aos touros em nome da tradição.
Em plena praça da Câmara Municipal de Pamplona, membros das associações PETA e Naturalis e manifestantes pintaram o corpo, quase todo nu, a vermelho para simbolizar o sangue dos touros durante as touradas, empunharam as tradicionais bandarilhas nas costas, ergueram cartazes a pedir "Basta" e a definir a cidade - "Pamplona: Sangue, tortura e morte - e colocaram a fotografia de um touro no edifício onde hoje, até decisão contrária, soará o tiro de partida para as festas de São Firmino.
Este é já o oitavo ano consecutivo em que os manifestantes se antecipam à festa na esperança de a poder evitar. Mas até hoje nunca houve qualquer alteração num festival que dura nove dias e que, aparentemente, seduz pessoas de todos os pontos do Mundo. E nem sempre são só os touros que morrem. Desde 1911, 11 pessoas morreram na não menos célebre libertação dos touros pelas ruas. O último caso foi em 1995. As touradas são legais em Espanha, Portugal, França, Equador e Peru. Recentemente, foi realizada também a primeira tourada na Arménia e houve quem tentasse levá-la para Rússia. No Brasil a tourada é substituída pefa festa do boi. . in JN
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