terça-feira, 14 de julho de 2009

Artigo de opinião

Terminou o trabalho da Comissão de Inquérito ao caso BPN que visou entre outras coisas, o apuramento de eventuais responsabilidades políticas. O relatório com as conclusões foi aprovado na Assembleia da República com os votos favoráveis do partido socialista e votos contra de toda a oposição.
Segundo a informação que foi veiculada pela comunicação social, há documentos que indiciam ao longo dos anos factos muito graves e indícios passíveis de infracções criminais que exigiam uma actuação forte da parte da entidade responsável pela supervisão que é o Banco de Portugal. É reconhecido por todos, conforme se pode interpretar do teor do Relatório da Comissão que foi tornado público, que a supervisão falhou, que deveria ter ido mais além, isto é, deveria ser mais incisiva perante os vários indícios de ilicitude verificada na actividade bancária.
A oposição tem sustentado que o Vítor Constâncio não cumpriu como as suas funções enquanto presidente do órgão de fiscalização de toda a actividade bancária – Banco de Portugal – pois se tivesse actuado em devido tempo o banco não teria chegado a esta situação e nunca precisaria de ser nacionalizado pelo Estado, com suporte do dinheiro de todos os contribuintes.
Toda a oposição ao Governo contesta o relatório que foi aprovado pelo PS, que no seu entender pretendeu desresponsabilizar o Victor Constâncio, pois este, já foi Secretário-geral do partido, e que o Governo tem beneficiado das orientações do Banco de Portugal, em benefício das políticas económicas seguidas por José Sócrates. O PS argumenta que a supervisão não falhou, o modelo de fiscalização é que tem de ser alterado para evitar no futuro estas situações idênticas, afirmando inclusivamente que a oposição pretendeu desde o início deste processo, fazer um aproveitamento político com o problema do BPN.
Mais afinal o BPN está falido e não há responsáveis neste país?
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AM

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