quarta-feira, 10 de abril de 2013

Acórdão do Tribunal Constitucional!



O Acórdão do Tribunal Constitucional que declarou inconstitucionais algumas das normas do Orçamento de Estado de 2013, veio baralhar as contas ao Governo de Passos Coelho.

O que tem suscitado inúmeras leituras politicas e ideológicas do documento, porque teve influência directa nos planos do Governo, que ignorou a possibilidade do TC decidir neste sentido e não se precaveu com um plano B alternativo ou de emergência.

O Tribunal que é um órgão de soberania e independente dos outros órgãos ou instituições públicas, sustentado no princípio da separação de poderes, tornou-se sem querer, no protagonista da política portuguesa nestes dias!

A Constituição da República Portuguesa é a lei fundamental que está no topo da hierarquia normativa, daí ser uma “lei politica”, porque prevê a organização e funcionamento do Estado.

O Tribunal Constitucional é composto por 13 Juízes, e tem na sua génese uma natureza politica, embora não seja legitimo por em causa a sua autonomia e independência, mas como grande parte deles, são eleitos por maioria qualificada de dois terços de Deputados presentes na Assembleia da República, não é fácil manter o distanciamento da vida politica portuguesa.

A decisão vai custar cerca de mil e trezentos milhões às Finanças Públicas, que não vão poder contar com estas receitas previstas no orçamento para 2013, o que vai exigir que o Governo tenha de fazer cortes na despesas pública, que vai passar pela saúde, educação, investimento publico e despedimentos na função pública, conforme se depreende da comunicação ao País do Primeiro Ministro.

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