segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Artigo de opinião - incêndios

Tal como nos anos anteriores, neste Verão volta-mos a assistir ao flagelo dos incêndios que vão um pouco por todo o país queimando o que ainda resta por arder. É legitimo perguntar aos nossos governantes que politica está a ser seguida na prevenção e combate aos incêndios, mas a resposta é sempre a mesma ou ineficaz, o que é certo é que os montes continuam a arder e o país assiste a tudo isto, impotente para contrariar a situação.
Gastam-se rios de dinheiro no combate ao incêndios, pois é preciso dar apoio aos Bombeiros, pagar às concessionárias de helicópteros e já houve anos que foram necessários outros meios (aviões), que foram requisitados a outros países, como Espanha, Itália e Grécia.
O que parece é que esta situação, tornou-se num negócio de milhões de euros que são suportados anualmente pelo erário público, que apesar de todos os esforços os montes continuam a arder.
A justiça não funciona, raramente se ouve falar na detenção de julgamento dos culpados, e muitas vezes nunca se descobrem os criminosos, porque cada vez mais se vão sofisticando os processos de atear os fogos e quase sempre os vestígios são destruídos de imediato pelas chamas, torna-se muito difícil a tarefa de quem tem o ónus de investigar estas situações.
Não seria mais barato, atacar o problema pela prevenção, aproveitando grande parte do investimento que é feito no combate aos incêndios, e empregar esses recursos na limpeza as nossas matas, bem como apostar num sistema de prevenção e vigilância via satélite, usando estas novas tecnologias?
Por outro lado, estudou-se uma forma de obrigar os donos dos terrenos a fazer a limpeza da mata, através da inscrição em organismos locais que iriam ser criados com a colaboração das Juntas de freguesia e Câmaras Municipais, onde se pensou obrigar os donos dos terrenos a limpar as matas sob pena de aplicação de taxas aos proprietários ou a transferência da gestão desses prédios para essas entidades, mas ficou tudo igual.
Se não fizermos nada, continua a destruição do nosso património natural, com consequências imprevisíveis a nível ambiental e económico para o país.

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