Devemos
ser defensores do direito à greve, porque é uma conquista civilizacional e
democrática. As Associações Sindicais são muito importantes na defesa dos
direitos dos trabalhadores. Ao longo dos últimos tempos o exercício do direito
à grave tem-se banalizado, porque deveria ser entendido como um instrumento de
último recurso, que deveria ser accionado quando o diálogo entre os
interlocutores (sindicatos e Estado) se esgotasse, mas hoje em dia faz-se greve
por tudo e por nada.
A greve dos Professores é mais um exemplo flagrante deste “abuso da greve”, as Confederações Sindicais marcam a greve para o dia dos exames nacionais, quando estes já estavam previamente marcados pelo Ministério da Educação ignorando o prejuízo que podem causar aos alunos, país e encarregados de educação.
Este
problema também pode ver visto como uma desigualdade entre alunos do sector
público e privado, os Professores do ensino privado não vão fazer greve, o que
significa que há alunos a fazer o exame e outro alunos em casa, e como é que vai
haver rigor e transparência nesta avaliação?
Penso
que em situações de interesse nacional, como é o caso da educação (exames
nacionais) devia-se alterar a lei e ser possível exigir o cumprimento dos
serviços mínimos, para assegurar o interesse público dos alunos e não haver obstáculos
como foi a interpretação do Colégio Arbitral que deu razão aos Sindicados, ao
defender que os serviços mínimos não se aplicavam a este caso.
Convém
referir que são os contribuintes que pagam o salário dos Professores para dar
aulas, se não querem trabalhar é procurar outro emprego, porque há muita gente
desempregada neste país que quer trabalhar!
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