quarta-feira, 12 de junho de 2013

Mais greve!


Devemos ser defensores do direito à greve, porque é uma conquista civilizacional e democrática. As Associações Sindicais são muito importantes na defesa dos direitos dos trabalhadores. Ao longo dos últimos tempos o exercício do direito à grave tem-se banalizado, porque deveria ser entendido como um instrumento de último recurso, que deveria ser accionado quando o diálogo entre os interlocutores (sindicatos e Estado) se esgotasse, mas hoje em dia faz-se greve por tudo e por nada.

A greve dos Professores é mais um exemplo flagrante deste “abuso da greve”, as Confederações Sindicais marcam a greve para o dia dos exames nacionais, quando estes já estavam previamente marcados pelo Ministério da Educação ignorando o prejuízo que podem causar aos alunos, país e encarregados de educação.

Este problema também pode ver visto como uma desigualdade entre alunos do sector público e privado, os Professores do ensino privado não vão fazer greve, o que significa que há alunos a fazer o exame e outro alunos em casa, e como é que vai haver rigor e transparência nesta avaliação?

Penso que em situações de interesse nacional, como é o caso da educação (exames nacionais) devia-se alterar a lei e ser possível exigir o cumprimento dos serviços mínimos, para assegurar o interesse público dos alunos e não haver obstáculos como foi a interpretação do Colégio Arbitral que deu razão aos Sindicados, ao defender que os serviços mínimos não se aplicavam a este caso.

Convém referir que são os contribuintes que pagam o salário dos Professores para dar aulas, se não querem trabalhar é procurar outro emprego, porque há muita gente desempregada neste país que quer trabalhar!

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