quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Lagar de Azeite de Codessoso


Este é o edífico do antigo Lagar de Azeite de Codessoso. Durante décadas esta pequena indústria de produção de azeite, deu trabalho a muitas pessoas da freguesia. A ceifa da apanha da azeitona e a transformação do azeite durava cerca de três meses e recebia a azeitona de produtores de Codessoso e das freguesias dos concelhos limítrofes.


‑Este trabalho temporário era uma grande ajuda para a economia local, onde as pessoas aproveitavam este rendimento sazonal para reequilibrar as contas doméstica e aforrar algum dinheiro, numa terra sem grandes oportunidades de emprego onde predominava a actividade agrícola.


A pouca produtividade e o abandono das terras em busca de melhores condições de vida, e o custo elevado da mão-de-obra da exploração agrícola, acabaram por contribuir decisivamente para que as pessoas deixassem de apanhar a azeitona, o que conduziu inevitavelmente ao encerramento desta indústria que tanto dinheiro dava a ganhar às pessoas na época do Inverno.­


Por respeito às pessoas que ali trabalharam, algumas delas já não estão entre nós, seria útil que as entidades locais tomassem as devidas previdências de forma a impedir que a degradação elimine por completo a nossa memória!

8 comentários:

AM disse...

Codessoso perdeu a identidade, não tem futuro, o passado e a nossa história é tratada com desprezo. Os caminhos estão cheios de ervas e em alguns mal se pode passar a pé, temos escola mas os alunos vão fazer numero para que na sede de concelho se concentre tudo..."esta freguesia está morta", é de louvar os poucos que cá estão por amor á terra e os outros que não têm outra alternativa...e depois sobram os que mais têm, e alguns que só cá estão ou só para cá vêm, para tirar proveitos e apropriar-se por mero sentimento de posse e ganancia que lembra o tempo da outra senhora...Infelizmente esta é uma terra abandonada e sem futuro...mas é esta a minha terra.

Anónimo disse...

O problema não é Codessoso, é o interior do país.
Felizmente pelo que tenho visto por onde tenho andado não somos dos piores, apesar de não estarmos muito bem.
Felizmente, mas pelos piores motivos, vamos voltar a ver os jovens a regressar as aldeias, a repovoar o interior em busca de melhor qualidade de vida.
A freguesia não morreu. as pessoas é que não lutam por causas, é mais por interesses. A porta de minha casa não há ervas no caminho, eu corto-as.
A freguesia faz-se de pessoas, e as pessoas tem de ter atitude para contrariar as coisas que tanto criticam. Não podemos dizer que assim não dá e depois não apresentar soluções como faz toda a esquerda lá na assembleia da republica.
Relativamente ao lagar de azeite é com muita pena minha que o vejo no estado que está, mas o lagar julgo pertence a um privado. Esse privado é que o deveria dinamizar.

Anónimo disse...

Porque não fazem um museu do azeite? Aproveitavam os utensílios que la existem a recuperavam o espaço!

AM disse...

Á porta da minha casa tb não há ervas, mas como deve calcular nem todas as casas são habitadas e nem todos os caminhos têm casas...se der uma volta a pé, porque de carro ou dentro de casa não se consegue ver ou sentir as ervas, aliás alguns caminhos nem lá transitam carros...eu acho que toda esquerda e direita não fazem nada em lado nenhum e é por eles que nos governam que estamos assim, a politica é pensar no seu todo e não pensar que por á frente da nossa casa não ter mato já não me interesso com os outros, por o nosso caminho estar limpo e por termos uma vida sem necessidades que os outros que mais precisam são relegados para segundo plano...essa é a mentalidade do nosso povo...as pessoas é que fazem a freguesia.

j.j. disse...

Uma excelente opinião deu um participante:fazer um museu do azeite-o pior é que os ditos utensilios usados já não existem foram-se!É muito lindo chorar e ver que existem pessoas que não se identificam a mostrar o seu "amor e patriotismo" à freguesia,só lhes ficava bem identificar-se.Ainda não percebo porque não apareceu um familiar a defender o porquê das condições das instalações estarem degradadas de tal forma que argumentos não devem haver para se conseguir defender!!!

Anónimo disse...

Mas agora as pessoas tem de justificar a degradação das suas próprias propriedades? Ele há cada um!

Anónimo disse...

Não são as pessoas que têm que justificar as suas próprias propriedades como é obio.Mas deviam ser as entidades locais a zelar pela nossa história, por muito que incomode a alguém que parece comprometido quando se fale nestes assuntos... O propriétario do Lagar de Azeite que até é um filho da terra bem sucedido e com bastantes recursos não se ia importar com certeza que em vez de lhe venderem o interior da Fábrica para sucata a transforma-se num museu e local preservado ao invês do que se vê nas imagens...ele há com cada um!!!

Anónimo disse...

Se alguém lhe vendeu o interior há um ilícito para ser resolvido nos tribunais. Houve um crime? Ou foi o próprio proprietário a vender o conteúdo do lagar?
Eu adorava ver ali um museu, e nos moinhos. As associações locais até deviam fazer uma coisa dessas, agora com dinheiro dos contribuintes nesta altura do campeonato acho descabido.