Este
é o edífico do antigo Lagar de Azeite de Codessoso. Durante décadas esta
pequena indústria de produção de azeite, deu trabalho a muitas pessoas da
freguesia. A ceifa da apanha da azeitona e a transformação do azeite durava
cerca de três meses e recebia a azeitona de produtores de Codessoso e das
freguesias dos concelhos limítrofes.
‑Este
trabalho temporário era uma grande ajuda para a economia local, onde as pessoas
aproveitavam este rendimento sazonal para reequilibrar as contas doméstica e aforrar
algum dinheiro, numa terra sem grandes oportunidades de emprego onde
predominava a actividade agrícola.
A
pouca produtividade e o abandono das terras em busca de melhores condições de
vida, e o custo elevado da mão-de-obra da exploração agrícola, acabaram por
contribuir decisivamente para que as pessoas deixassem de apanhar a azeitona, o
que conduziu inevitavelmente ao encerramento desta indústria que tanto dinheiro
dava a ganhar às pessoas na época do Inverno.
Por
respeito às pessoas que ali trabalharam, algumas delas já não estão entre nós,
seria útil que as entidades locais tomassem as devidas previdências de forma a impedir
que a degradação elimine por completo a nossa memória!
8 comentários:
Codessoso perdeu a identidade, não tem futuro, o passado e a nossa história é tratada com desprezo. Os caminhos estão cheios de ervas e em alguns mal se pode passar a pé, temos escola mas os alunos vão fazer numero para que na sede de concelho se concentre tudo..."esta freguesia está morta", é de louvar os poucos que cá estão por amor á terra e os outros que não têm outra alternativa...e depois sobram os que mais têm, e alguns que só cá estão ou só para cá vêm, para tirar proveitos e apropriar-se por mero sentimento de posse e ganancia que lembra o tempo da outra senhora...Infelizmente esta é uma terra abandonada e sem futuro...mas é esta a minha terra.
O problema não é Codessoso, é o interior do país.
Felizmente pelo que tenho visto por onde tenho andado não somos dos piores, apesar de não estarmos muito bem.
Felizmente, mas pelos piores motivos, vamos voltar a ver os jovens a regressar as aldeias, a repovoar o interior em busca de melhor qualidade de vida.
A freguesia não morreu. as pessoas é que não lutam por causas, é mais por interesses. A porta de minha casa não há ervas no caminho, eu corto-as.
A freguesia faz-se de pessoas, e as pessoas tem de ter atitude para contrariar as coisas que tanto criticam. Não podemos dizer que assim não dá e depois não apresentar soluções como faz toda a esquerda lá na assembleia da republica.
Relativamente ao lagar de azeite é com muita pena minha que o vejo no estado que está, mas o lagar julgo pertence a um privado. Esse privado é que o deveria dinamizar.
Porque não fazem um museu do azeite? Aproveitavam os utensílios que la existem a recuperavam o espaço!
Á porta da minha casa tb não há ervas, mas como deve calcular nem todas as casas são habitadas e nem todos os caminhos têm casas...se der uma volta a pé, porque de carro ou dentro de casa não se consegue ver ou sentir as ervas, aliás alguns caminhos nem lá transitam carros...eu acho que toda esquerda e direita não fazem nada em lado nenhum e é por eles que nos governam que estamos assim, a politica é pensar no seu todo e não pensar que por á frente da nossa casa não ter mato já não me interesso com os outros, por o nosso caminho estar limpo e por termos uma vida sem necessidades que os outros que mais precisam são relegados para segundo plano...essa é a mentalidade do nosso povo...as pessoas é que fazem a freguesia.
Uma excelente opinião deu um participante:fazer um museu do azeite-o pior é que os ditos utensilios usados já não existem foram-se!É muito lindo chorar e ver que existem pessoas que não se identificam a mostrar o seu "amor e patriotismo" à freguesia,só lhes ficava bem identificar-se.Ainda não percebo porque não apareceu um familiar a defender o porquê das condições das instalações estarem degradadas de tal forma que argumentos não devem haver para se conseguir defender!!!
Mas agora as pessoas tem de justificar a degradação das suas próprias propriedades? Ele há cada um!
Não são as pessoas que têm que justificar as suas próprias propriedades como é obio.Mas deviam ser as entidades locais a zelar pela nossa história, por muito que incomode a alguém que parece comprometido quando se fale nestes assuntos... O propriétario do Lagar de Azeite que até é um filho da terra bem sucedido e com bastantes recursos não se ia importar com certeza que em vez de lhe venderem o interior da Fábrica para sucata a transforma-se num museu e local preservado ao invês do que se vê nas imagens...ele há com cada um!!!
Se alguém lhe vendeu o interior há um ilícito para ser resolvido nos tribunais. Houve um crime? Ou foi o próprio proprietário a vender o conteúdo do lagar?
Eu adorava ver ali um museu, e nos moinhos. As associações locais até deviam fazer uma coisa dessas, agora com dinheiro dos contribuintes nesta altura do campeonato acho descabido.
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