A
escritora Maria Teresa Horta, distinguida com o Prémio D. Dinis pelo romance
“As Luzes de Leonor”, já informou a comunicação social que se recusa a receber o
prémio das mãos do primeiro-ministro Passos Coelho, numa cerimónia que estava
agendada para o próximo dia 28 de Setembro.
O curioso
é que este prémio é sempre entregue pelo Presidente da República, mas desta vez
coube ao Primeiro-ministro, sem haver uma explicação lógica para a troca de
personalidades!
Acrescentou ainda:
“Na realidade eu não poderia, com coerência, ficar bem comigo mesma, receber um prémio literário que me honra tanto, cujo júri é formado por poetas, os meus pares mais próximos - pois sou sobretudo uma poetisa, e que me honra imenso -, ir receber esse prémio das mãos de uma pessoa que está empenhada em destruir o nosso país”, explicou Maria Teresa Horta à Lusa.
“Sempre fui uma mulher coerente; as minhas ideias e aquilo que eu faço têm uma coerência”, salientou a escritora que acrescentou: “Sou uma mulher de esquerda, sempre fui, sempre lutei pela liberdade e pelos direitos dos trabalhadores”.
“O
primeiro-ministro está determinado a destruir tudo aquilo que conquistámos com
o 25 de Abril de 1974 e as grandes vítimas têm sido até agora os trabalhadores,
os assalariados, a juventude que ele manda emigrar calmamente, como se isso
fosse natural”.
“O país está a entrar em níveis de pobreza quase idênticos aos das décadas de 1940 e 1950 e, na realidade, é ele [Passos Coelho], e o seu Governo, os grandes mentores e executores de tudo isto”. In público.
“O país está a entrar em níveis de pobreza quase idênticos aos das décadas de 1940 e 1950 e, na realidade, é ele [Passos Coelho], e o seu Governo, os grandes mentores e executores de tudo isto”. In público.
Portugal
está carente de mentes lúcidas como a da escritora Maria Teresa Horta!
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