domingo, 2 de janeiro de 2011

Recorte - comunicação social

Ano novo, aumentos vários

2011 começa e há muitos sectores que sobem os seus preços.

Na contagem decrescente para a mudança do ano, corre-se também para um vasto conjunto de novas leis, regras e decisões, que vão ter influência na vida dos portugueses.

Aos tradicionais desejos da meia-noite, de Bom Ano, muita saúde, amor, dinheiro para gastar, realização profissional e pessoal, podemos este ano pensar também em como a austeridade irá influenciar cada um deles.

Os votos manifestam-se, mas a realidade é bem diferente, a começar pelo dinheiro: alguns, como os funcionários públicos com vencimentos superiores a 1500 euros, vão ter cortes que variam entre os 3,5 e os 10%.

Há empresas privadas que seguem a Administração Pública mas mesmo sem o fazerem, a generalidade dos trabalhadores vai receber menos por força do aumento das contribuições para a Segurança Social. Todas as prestações regulares passam a ser tributadas, ao abrigo do Novo Código Contributivo.

Além disso, o IVA sobe de 21 para 23% e por arrastamento, uma série de produtos aumentam de preço. Ainda é preciso contar com o aumento dos combustíveis e de outros produtos essenciais.

No grande cabaz cabem os alimentos em que o acréscimo de 12% no preço do pão sobressai, mas também os 3,8% na electricidade, os 3,2% no gás, 2,2% nas telecomunicações ou os 3,5 a 4,5% nos transportes públicos. Os passes nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto aumentam 3,5%, as tarifas individuais, em média 4,5%. Mas, se quiser apanhar um eléctrico na capital, pense bem antes de entrar: a partir de amanhã o bilhete simples custa 2 euros e meio, mais um 1 euro e 5 cêntimos do que hoje. O autocarro fica-lhe por 1 euro e meio e o Metro por 90 cêntimos.

Se a urgência apertar e tiver que apanhar um táxi não se entusiasme com o facto da bandeirada continuar ao mesmo preço: na realidade o taxímetro vai saltar de 37 em 37 segundos em vez dos habituais 41 segundos. E no fim vai pagar mais 5%.

É natural que todos estes aumentos muito superiores à inflação de 2,2% lhe dêem muitas dores de cabeça. Mas os nossos votos para que tenha boa saúde em 2011 são redobrados: pelos votos em si e porque os medicamentos e taxas moderadoras vão aumentar. Além de que o número de portugueses isentos vai baixar consideravelmente: basta pensar nas novas restrições para os milhares de desempregados com rendimentos superiores ao novo salário mínimo que, a partir do dia 1, se fixa em 485 euros.

Este é um valor que fica abaixo dos 500 euros que estavam acordados com os parceiros sociais. O que quer dizer que para muitos milhares de trabalhadores a perda de poder de compra ainda é maior.

In rádio renascença

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