domingo, 24 de outubro de 2010

Notícias - Celorico de Basto



A edilidade exigia 300 euros por cada tonelada do material resultante dos carris e 10 euros por tonelada relativamente às travessas.

Armindo Mendes/Lusa


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Propostas para compra dos carris demasiado baixas


Celorico de Basto, 22 out (Lusa) - Nenhuma das empresas que concorreram à hasta pública dos carris da antiga linha do Tâmega apresentou propostas que atingissem o valor exigido pela Câmara de Celorico de Basto, revelou à Lusa o presidente da autarquia.
Segundo Joaquim Mota e Silva, apresentaram propostas de compra três concorrentes, mas todos estiveram longe de atingir as exigências do município em termos de preço.
A edilidade exigia 300 euros por cada tonelada do material resultante dos carris e 10 euros por tonelada relativamente às travessas.
Como essa exigência não foi satisfeita – as propostas foram hoje abertas em sessão pública - os serviços técnicos da edilidade vão reunir-se para determinar os termos de outra hasta pública, no sentido de ajustar os preços às exigências do mercado, explicou à Lusa o presidente da câmara.
As receitas decorrentes desta alienação vão ajudar a autarquia nos projetos que tem para o antigo canal da linha do Tâmega, que foi desativada em 1990, no troço entre Amarante e Arco de Baúlhe.
A Refer cedeu recentemente à autarquia todas as infraestruturas dos cerca de 20 quilómetros de via férrea que atravessavam o concelho de Celorico de Basto, incluindo quatro estações e dois apeadeiros, em avançado estado de degradação.
Nos termos do acordo com aquela empresa pública, o município comprometia-se a construir no antigo canal da linha uma ecopista e a recuperar os edifícios.
Numa primeira fase, segundo Joaquim Mota e Silva, avançará a ecopista, ocupando toda a extensão do canal da linha, iniciando-se na partilha com o concelho de Amarante e terminando no limite do concelho, junto a Mondim de Basto. Trata-se de uma empreitada orçada em três milhões de euros para a qual já foi lançado concurso público.
Este projeto, anota o edil, insere-se na aposta da autarquia no sentido de valorizar em termos turísticos as potencialidade naturais do concelho.
Os trabalhos visam dotar toda a extensão de condições para a circulação de bicicletas e peões. A ecopista ligará a um equipamento similar que já se encontra em funcionamento no antigo troço da linha relativo ao vizinho concelho de Amarante, terminado na freguesia da Chapa, que faz fronteira com Codeçoso, freguesia do município de Celorico de Basto.
Na fase posterior, vai arrancar a recuperação das estações e apeadeiros, que servirão de equipamentos de apoio ao funcionamento da ecopista.
Os edifícios da estação de Celorico de Basto, que estão integrados na área urbana da vila, serão aproveitados para um centro interpretativo que procurará mostrar a importância que teve esta linha para toda a região de Basto.
APM.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico ***
Lusa/fim 

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