terça-feira, 10 de novembro de 2009

Dá que falar

"Caim"
o mais recente livro de José Saramago tem suscitado um pouco por todo o lado inúmeras criticas, pois veio de certa forma ofender a consciência dos católicos e da própria Igreja. A Igreja Católica continua a reger-se por dogmas irrefutávies, que são insusceptíveis de ser objecto de observações ou criticas, aceitam-se como são, sem serem questionáveis. Pela primeira vez o Nóvel da Literatura teve a audácia e coragem de por em causa os escritos da Bíblia, fazendo uma interpretação literal de algumas passagens, por vezes excessiva. Porém, José Saramago tem consciência da agitação social que causou e já garantiu publicamente ter cometido alguns excessos de liguagem, utilizando expressões; "O Deus da Bíblia não é de fiar"; "Bíblia é um rosário de incongruências"; "Bíblia é um livro sagrado e nenhum dos meus o é", mas refugia-se afirmando que utilizou essa expressões como autor, que apenas se trata de uma obra literária, não pretendendo politiza-lo. O Biblia continua a ser o livro mais famoso do mundo e está traduzida em todas as linguas, mas pela primeira vez, enfrentou a critiva de uma ilustre personalidade do mundo literário. Este livro tem sido visto por muitos, como uma forma de marketing de venda, pois já está a ser promovida a sua difusão mundial, mas apesar de tudo, teve algo de positivo, pois suscitou uma nova reflexão filosófica da Bíblia...

1 comentário:

Anónimo disse...

só o que se distingue do socialmente aceite, é que choca, é que disperta a curiosidade e por fim vende. Em qualquer livro que lemos nem sempre temos a mesma interpretação. "Caim" ou "biblia", porquê optar?? Caim para despertar, para continuarmos a manter a vida com alguma incerteza, e cheia de questões pondo em causa a crença. A biblia porque, uns mais que outros, temos a necessidade de acreditar num ser Transcendente e poderoso, é bom saber que alguém nos guia e nos protege... andarmos nesta vida por andar é triste, temos que ter uma razão para existir e para não desistir.