Longe
vai o tempo em que arranjar um “palmo de terreno” para cultivar era um
problema. Toda a gente se dedicava ao sector primário com principal incidência na
agricultura, o que levava à escassez de terrenos de cultivo devido à elevada
procura de terras.
O
agricultor para conseguir uma quinta mais produtiva ou de maior dimensão; onde
pudesse obter mais rendimento e ocupar os seus filhos até à idade de adultos,
tinha de andar com empenhos, nomeadamente promessas de pagamento de rendas
grandes ao senhorio ou usar de influências de terceiros.
Era
uma espécie de “três cães a um osso”, com o se dizia na gíria nas aldeias, não
chegavam para as encomendas. Não havia terra abandonada, de velho ou por
fabricar como hoje se encontra um pouco por todo o lado.
A
terra dava pouco rendimento, o que elevou as pessoas a fugirem da agricultura e
a dedicarem-se a outras atividades mais produtivas, como a construção civil e
emigração.
Hoje
vivemos uma crise económica sem precedentes, com a taxa de desemprego a bater
recordes e sem oportunidades de emprego, apesar de haver mão-de-obra muito classificada
especialmente nos jovens licenciados, mas não se vê ninguém a cultivar as
terras.
Será
que vamos assistir a um regresso das pessoas à agricultura ou a mais um
fenómeno de emigração?
1 comentário:
O problema começou com a entrada na comunidade europeia,vieram rios de dinheiro para não cultivar fosse o que fosse,foram reduzidas todas as quotas que tinhamos para os paises com mais poder(frança e alemanha entre outros)conseguissem vender os seus produtos e nós(portugal)fossemos comprar com o dinheiro que eles davam para não fazer nada,certo!?
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