segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Banif - paga Zé Povinho

O caso do Banco Banif é a continuação do descalabro na supervisão do nosso sistema financeiro português. Cabe ao Banco de Portugal a competência para a fiscalização de toda a atividade bancária, mas o sistema é permeável e falível, conforme se tem verificado ao longo dos últimos anos no país.

O Banif foi recentemente intervencionado pelo Estado que ficou com uma participação no capital social ao que parece de cerca de 60 ou 70 % e foi nomeado um Administrador Público para representar o Estado português, porque era conhecida a situação do Banco, com conhecimento da anterior Ministra das Finanças e foi o que se viu.

Recentemente numa entrevista à TVI, a Ministra das Finanças do anterior Governo, referiu que houve um falhanço na supervisão do Banco de Portugal e que apesar disso, mantinha toda a confiança no Governador do Bando de Portugal Dr. Carlos Costa, que foi por si reconduzido no cargo. Perante perguntas de José Alberto Carvalho mais delicadas, referiu que não sabia, não tinha conhecimento ou que não dispunha de documentos para comprovar esses fatos e que se deveria aguardar pelos novos desenvolvimentos, sem prejuízo de ser criada um Comissão Parlamentar para analisar a situação do Banco ou seja, mais do mesmo à imagem do BES.

Referiu ainda, que acompanhou de perto a situação grave do Banif, alegando que foram apresentadas várias soluções à União Europeia para resolver este problema, que acabaram por ser chumbadas.

Agora o Governo de António Costa vendeu o Banco por “tuta-e-meia” ao Banco Santander, que foi a parte mais valiosa do banco (ativos-parte boa) e os restantes ativos que se denominam por “ativos tóxicos”, que se referem a créditos de terceiros, como por exemplo, empréstimos/créditos à habitação que não têm garantias que irão ser recuperados, vai ter de ser o Estado Português novamente, a garantir esse dinheiro ao Banco comprador, com sério prejuízo para os contribuintes que vão ter de pagar a gestão ruinosa dos banqueiros e seus administrador, sem que algum venha de imediato a ser responsabilizado.


Sabe-se que grande parte dos problemas nos Bancos portugueses são resultado de gestão ruinosa, mas o que é vergonhoso e se estranha, é o fato de não haver pessoas condenadas e presas neste país, como se verifica na Irlanda onde há vários gestores ou banqueiros na prisão!

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