O caso
do Banco Banif é a continuação do descalabro na supervisão do nosso sistema
financeiro português. Cabe ao Banco de Portugal a competência para a
fiscalização de toda a atividade bancária, mas o sistema é permeável e falível,
conforme se tem verificado ao longo dos últimos anos no país.
O Banif
foi recentemente intervencionado pelo Estado que ficou com uma participação no
capital social ao que parece de cerca de 60 ou 70 % e foi nomeado um
Administrador Público para representar o Estado português, porque era conhecida
a situação do Banco, com conhecimento da anterior Ministra das Finanças e foi o
que se viu.
Recentemente
numa entrevista à TVI, a Ministra das Finanças do anterior Governo, referiu que
houve um falhanço na supervisão do Banco de Portugal e que apesar disso,
mantinha toda a confiança no Governador do Bando de Portugal Dr. Carlos Costa,
que foi por si reconduzido no cargo. Perante perguntas de José Alberto Carvalho
mais delicadas, referiu que não sabia, não tinha conhecimento ou que não dispunha
de documentos para comprovar esses fatos e que se deveria aguardar pelos novos
desenvolvimentos, sem prejuízo de ser criada um Comissão Parlamentar para
analisar a situação do Banco ou seja, mais do mesmo à imagem do BES.
Referiu
ainda, que acompanhou de perto a situação grave do Banif, alegando que foram
apresentadas várias soluções à União Europeia para resolver este problema, que
acabaram por ser chumbadas.
Agora o
Governo de António Costa vendeu o Banco por “tuta-e-meia” ao Banco Santander,
que foi a parte mais valiosa do banco (ativos-parte boa) e os restantes ativos
que se denominam por “ativos tóxicos”, que se referem a créditos de terceiros,
como por exemplo, empréstimos/créditos à habitação que não têm garantias que
irão ser recuperados, vai ter de ser o Estado Português novamente, a garantir
esse dinheiro ao Banco comprador, com sério prejuízo para os contribuintes que
vão ter de pagar a gestão ruinosa dos banqueiros e seus administrador, sem que
algum venha de imediato a ser responsabilizado.
Sabe-se
que grande parte dos problemas nos Bancos portugueses são resultado de gestão
ruinosa, mas o que é vergonhoso e se estranha, é o fato de não haver pessoas
condenadas e presas neste país, como se verifica na Irlanda onde há vários
gestores ou banqueiros na prisão!
Sem comentários:
Enviar um comentário